Soja Brasil

Soja: valor da saca recua em Mato Grosso, mas sobe no Rio Grande do Sul

Segundo a Safras & Mercado, os produtores, bem capitalizados, preferem acelerar nos trabalhos de plantio do que negociar

soja, grãos
Foto: Pixabay

O mercado brasileiro de soja teve mais um dia de escassos negócios e de preços firmes, mas oscilando regionalmente. A falta de produto segue sendo o principal fator para a este desempenho nas cotações.

Os produtores, bem capitalizados, preferem acelerar nos trabalhos de plantio do que negociar. Até mesmo pela escassez de soja disponível. Chicago teve uma sessão bem volátil. Na máxima passou de US$ 10,80, mas ao final retornou aos US$ 10,70. O dólar operou de lado.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 168 para R$ 169. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 166 para R$ 167. No porto de Rio Grande, o preço aumentou de R$ 165,50 para R$ 166,50.

Em Cascavel, no Paraná, o valor estabilizou em R$ 170 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca permaneceu em R$ 155.

Em Rondonópolis (MT), a saca passou de R$ 174 para R$ 173. Em Dourados (MS), a cotação seguiu em R$ 166. Em Rio Verde (GO), a saca ficou em R$ 167.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mistos, perto da estabilidade. O dia foi de muita volatilidade. Na máxima do dia, os contratos chegaram a atingir os maiores patamares em quatros anos. A partir daí, as cotações sucumbiram a um movimento de correção técnica e realização de lucros.

Os sinais de demanda aquecida pela soja americana impulsionaram as cotações, principalmente no meio do pregão. As exportações semanais americanas ficaram perto da máxima das previsões, com destaque para o bom volume comprometido ao mercado chinês. Exportadores privados anunciaram novas vendas.

As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2020/21, com início em 1 de setembro, ficaram em 2.225.500 toneladas na semana encerrada em 15 de outubro. Representa uma retração de 14% frente à semana anterior e um recuo de 18% sobre à média das últimas quatro semanas. A China liderou as importações, com 1.222.000 toneladas.

Os analistas esperavam exportações entre 1,2 milhão e 2,5 milhões de toneladas. Duas operações foram anunciadas hoje, envolvendo 132 mil toneladas para destinos não revelados e 152.404 toneladas para o México.

Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com alta de 1,75 centavo de dólar por libra-peso ou 0,16% a US$ 10,73 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 10,72 por bushel, com ganho de 0,75 centavo ou 0,06%.

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 3,60 ou 0,95% a US$ 382,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 33,69 centavos de dólar, alta de 0,49 centavo ou 1,47%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,37%, sendo negociado a R$ 5,5950 para venda e a R$ 5,5930 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,5640 e a máxima de R$ 5,6270.