Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira, 9, com preços mais altos, reduzindo as perdas da semana. À espera do relatório de julho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a previsão de longo prazo de retorno do tempo seco e de altas temperaturas no Meio Oeste garantiram a recuperação.
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Os contratos da soja em grão com entrega em agosto fecharam com alta de 14 centavos de dólar por bushel ou 1,02% a US$ 13,38 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 13,29 por bushel, com ganho de 9,75 centavos ou 0,73%.
Nos subprodutos, a posição agosto do farelo recuou US$ 2,70 ou 0,75% a US$ 354,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em agosto fecharam a 62,35 centavos de dólar, ganho de 1,87 centavo ou 3,09%.
O USDA deve reduzir a sua estimativa para a safra de soja dos Estados Unidos em 2021/22. Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em produção de 4,374 bilhões de bushels em 2021/22. Em junho, a previsão ficou em 4,405 bilhões de bushels. No ano passado, a produção foi de 4,135 bilhões.
Para os estoques, o mercado aposta estimativa de 140 milhões. Em junho, o USDA indicou estoques em 155 milhões de bushels. A previsão para 2020/21 deverá passar de 135 milhões para 136 milhões de bushels.
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2021/22 de 92,3 milhões de toneladas, contra 92,6 milhões estimados em junho. Para 2020/21, a previsão deverá passar de 88 milhões para 87,6 milhões de toneladas.
A produção brasileira de soja em 2020/21 deverá ter sua estimativa mantida em 137 milhões de toneladas. A safra argentina pode ter corte, passando de 47 milhões para 46,4 milhões de toneladas.