A alta de mais de 1% do dólar comercial elevou as cotações da soja nas principais praças do país, ainda que os referenciais sejam nominais. Nesta terça-feira, 27, os valores subiram principalmente em Rondonópolis (MT), onde a saca pulou de R$ 173 para R$ 176.
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De acordo com a consultoria Safras, a falta de oferta mantém o ritmo lento. O quadro de escassez se acentua com o produtor focando no plantio da safra, aproveitando o retorno das chuvas.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 169 para R$ 170. Na região das Missões, a cotação passou de R$ 168 para R$ 169,50. No porto de Rio Grande, o preço avançou de R$ 168 para R$ 169.
Em Cascavel (PR), o preço aumentou de R$ 170 para R$ 172 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca subiu de R$ 155 para R$ 156.
Em Dourados (MS), a cotação ficou em R$ 171. Em Rio Verde (GO), a saca permaneceu em R$ 170.
Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a terça-feira com preços em leve baixa. Após atingir na última segunda, 26, o maior patamar em mais de quatro anos, o mercado realizou lucros.
Entre os fatores que ajudaram na correção, analistas destacam a pressão sazonal com o avanço da colheita nos Estados Unidos. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), até 25 de outubro, a área colhida estava apontada em 83%. Em igual período do ano passado, a colheita era de 57%. A média é de 73%. Na semana passada, o percentual era de 75 pontos. O mercado projetava número de 86%.
Não houve anúncio de vendas por parte dos exportadores privados americanos, fato que facilitou a realização. Mas o mercado trabalha com novas aquisições ao longo da semana.
O avanço do plantio da soja no Brasil, com o retorno das chuvas completou o cenário propício à correção, ainda que a situação não esteja regularizada e o clima preocupe.
Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com baixa de 5,50 centavos de dólar por libra-peso ou 0,5% a US$ 10,82 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 10,76 por bushel, com perda de 7 centavos ou 0,64%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 5,60 ou 1,43% a US$ 384 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 34,11 centavos de dólar, baixa de 0,35 centavo ou 1,01%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 1,24%, sendo negociado a R$ 5,683 para venda e a R$ 5,681 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,601 e a máxima de R$ 5,684.