Em dia vazio de oferta, os preços da soja recuaram na maior parte das regiões brasileiras, acompanhando a sinalização de baixa no dólar e dos preços em Chicago. Mas a movimentação, tanto de preços, como de negócios, segue muito regionalizada, reflexo da pouca disponibilidade da oleaginosa.
- Entenda os fatores que podem fazer o preço da soja cair em 2021
- Embrapa: bioinsumos, digitalização e edição gênica são o futuro da soja
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos baixou de R$ 151 para R$ 150. Na região das Missões, a cotação recuou de R$ 150 para R$ 149.
No porto de Rio Grande, o preço passou de em R$ 145 para R$ 144.
Em Cascavel, no Paraná, o preço aumentou de R$ 145 para R$ 147 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca caiu de R$ 151 para R$ 147.
Em Rondonópolis (MT), o valor baixou de R$ 156 para R$ 153. Em Dourados (MS), a cotação recuou de R$ 151 para R$ 150. Em Rio Verde (GO), a saca passou de R$ 153 para R$ 150.
Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira, 24, com preços em forte baixa. O mercado enfileirou a quarta sessão de queda, com fundos se desfazendo de posições e acelerando o movimento de realização com base em fatores técnicos.
O avanço da colheita nos Estados Unidos traz pressão sazonal, com as cotações recuando no mercado físico. O aumento da oferta serve de pretexto para os fundos embolsarem lucros, após as cotações atingirem os maiores níveis em dois anos na semana passada.
O mercado financeiro também tem contribuído para a correção. Em meio às preocupações com os novos casos de coronavírus, os investidores procuram por opções mais seguras e saem do mercado de commodities.
Em termos fundamentais, o cenário segue positivo. Apesar do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) não ter anunciado novas vendas por parte dos exportadores privados hoje – após uma longa série de operações diárias, os números para as exportações semanais americanas superaram as expectativas.
As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2020/21, com início em 1 de setembro, ficaram em 3.194.700 toneladas na semana encerrada em 17 de setembro. A China liderou as importações, com 1.879.100 toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 1,6 milhão e 3 milhões de toneladas.
Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com baixa de 14,50 centavos ou 1,42% em relação ao fechamento anterior, a US$ 10 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 10,03 por bushel, com perda de 15,50 centavos ou 1,52%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 8,10 ou 2,35% a US$ 336,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 32,41 centavos de dólar, baixa de 0,39 centavo ou 1,18%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em baixa de 1,41%, sendo negociado a R$ 5,5120 para venda e a R$ 5,5100 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,4930 e a máxima de R$ 5,6240.