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Soja Brasil

USDA prevê safra e estoques dos EUA menores que os previstos pelo mercado

Entidade surpreendeu o mercado ao trazer números abaixo dos projetados pelos operadores. Com isso as cotações na Bolsa de Chicago disparam mais de 2%

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), surpreendeu o mercado ao apontar em seu relatório de outubro que os Estados Unidos podem produzir menos soja do que era esperado, para 2020/2021, assim como terá um estoque inferior ao projetado anteriormente.

A entidade indicou que a safra norte-americana de soja deverá ficar em 116,6 milhões de toneladas (4,268 bilhões de bushels)em 2020/2021, abaixo da estimativa anterior de 117,4 milhões de toneladas (4,313 bilhões de bushels) e também inferior aos 116,8 milhões de toneladas (4,292 bilhões de bushels) previstos pelo mercado.

Outra surpresa veio na estimativa de estoques finais do grão nos Estados Unidos agora estimados em estimados 7,9 milhões de toneladas (290 milhões de bushels), contra os 12,5 milhões de toneladas (460 milhões de bushels), do relatório de setembro e, também abaixo dos 9,8 milhões de toneladas (360 milhões de bushels) previstos pelo mercado.

Cotações em Chicago

Com os números abaixo dos projetados pelo mercado, as cotações da soja na Bolsa de Chicago reagiram rapidamente, registrando alta de 2% em média para os contratos de novembro e janeiro (até as 14h10, quando a reportagem foi fechada)

No intervalo do dia, antes da divulgação dos números do USDA, os contratos com vencimento em novembro de 2020 tinham preço de US$ 10,57 por bushel, avanço de 7,25 centavos de dólar por bushel ou 0,69%. A posição janeiro de 2021 era cotada a US$ 10,55 por bushel, elevação de 7,25 centavos de dólar por bushel ou 0,71%.

Brasil e Argentina

Para o mundo a entidade projetou uma produção de 368,47 milhões de toneladas em 2020/2021 Em setembro, o número era de 369,74 milhões de toneladas. Os estoques finais mundiais estão estimados em 88,7 milhões de toneladas. O mercado esperava por estoques finais de 90,9 milhões de toneladas. Em setembro, a previsão era de 93,59 milhões de toneladas.

Para o Brasil, a previsão é de uma produção de 133 milhões de toneladas, repetindo o número de setembro. A Argentina deverá produzir 53,5 milhões de toneladas, também sem alterações. A estimativa para as importações chinesas em 2020/2021 é de 100 milhões de toneladas, com aumento de 1 milhão sobre o relatório anterior.

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