O Rio Grande do Sul deve produzir 14,5 milhões de toneladas de soja em 2022/23, conforme o 7º Levantamento de Safras da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A colheita avançou significativamente nos últimos dias, atingindo 32%* da área cultivada, de acordo com o Emater-RS.
Com o fenômeno La Niña perdendo força no final do ano passado, a estiagem em solo gaúcho foi menos severa do que a vista em 2021/22. Assim, os resultados desta safra devem ser 59,3% superiores ao do último ciclo, quando apenas 9,1 milhões de toneladas do grão foram produzidas.
A variação de área plantada entre um ciclo e outro foi de 3,1%, indo de 6.358 milhões de hectares para 6.555. Já em relação à produtividade, espera-se incremento de 54,5%, ou seja, média de 1.433 kg/ha (23,8 sacas) para 2.214 kg/ha (36,9 sacas).
Contudo, o número atual é bem aquém do potencial produtivo do Rio Grande do Sul. Na safra 2020/21, por exemplo, o estado bateu seu recorde, com 20,7 milhões de toneladas, ocupando a segunda colocação no ranking nacional, atrás, apenas, de Mato Grosso.
O principal inimigo das lavouras gaúchas nas duas últimas safras de soja tem sido, realmente, o clima. Em termos de doenças, a ferrugem asiática aparece de forma consistente. Apesar disso, o estado é apenas o terceiro em nível de incidência, com 44 registros, de acordo com os últimos dados do Consórcio Antiferrugem. À frente, aparecem Paraná e Mato Grosso do Sul, com 83 e 57 casos, respectivamente.
*Errata: a colheita de soja no Rio Grande do Sul atinge, no momento, 32% da área e não 19%, conforme havia sido publicado. O texto foi corrigido.