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EFEITOS DA SECA

Município paranaense espera 33% de quebra na safra de soja

No momento, apenas 15% das lavouras de Cornélio Procópio, norte do estado, são consideradas em boa qualidade

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Foto: Aprosoja-MT

Os produtores rurais paranaenses temiam o excesso de chuva no início da safra 2023/24 de soja. No entanto, passado pouco tempo depois do início da semeadura, começaram a sentir os efeitos da seca.

E a preocupação tem crescido à medida que as condições climáticas adversas impactam significativamente as lavouras da oleaginosa na região de Cornélio Procópio, no norte do estado.

Atualmente, dentre os 336 mil hectares semeados com soja, 25% são classificados como ruins, enquanto 60% apresentam uma condição média e apenas 15% são considerados de boa qualidade.

Tendência de piora

De acordo com o técnico do Departamento de Economia Rural (Deral), Paulo Mileo, o cenário aponta para uma tendência de piora nas próximas semanas.

Estima-se uma quebra de 33% em relação ao rendimento inicial previsto. A produção projetada agora é de 784 mil toneladas.

“As chuvas têm sido marcadas por uma distribuição irregular e insuficiente. A média de precipitação é de 20 milímetros, porém, não é uniformemente distribuída entre os municípios, tornando a situação crítica para diversas áreas”, afirmou.

Colheita de soja

Mileo relatou que a última chuva substancial ocorreu em 25 de dezembro do ano passado. A meteorologia indica a possibilidade de chuvas localizadas ao longo dos próximos dias.

Segundo o técnico, a colheita da soja deve começar no final de fevereiro ou início de março, dentro da janela tradicional para a região. As lavouras se dividem entre as fases de frutificação (75%) e maturação (25%).

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