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MANEJO DE DOENÇA

Mutações da ferrugem na soja exigem novas medidas

Fungo causador da pior doença da soja tem apresentado menor sensibilidade aos fungicidas dos grupois triazois, estrobilurinas e carboxamidas

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Foto: Pedro Silvestre/ Canal Rural

Estudos recentes da Embrapa Soja mostram que o fungo causador da ferrugem-asiática – a pior doença da soja – tem apresentado menor sensibilidade aos fungicidas dos grupos triazois, estrobilurinas e carboxamidas.

Consultores e pesquisadores identificaram também novas mutações do agente causador do problema. Esse cenário deu origem a novos informes oficiais sobre o seu controle efetivo.

“A ferrugem chegou mais cedo na safra 2023/24, principalmente nos estados do Sul. Uma nova mutação do fungo-vetor da doença deve agravar a resistência a determinados fungicidas”, observa o engenheiro agrônomo da área de Desenvolvimento de Mercado da Sipcam Nichino Brasil, José de Freitas.

Segundo ele, esse quadro reforça a necessidade de o produtor rotacionar ingredientes ativos menos vulneráveis à resistência nas aplicações preventivas.

Alta inciêndia de ferrugem-asiática

Em reportagem do Soja Brasil, já foi constatado que o ano de 2023 encerrou com 491% de aumento nos casos de aumento de ferrugem-asiática em comparação com o término do ano retrasado.

De acordo com Freitas, o crescimento dos casos ocorre em virtude do plantio mais tardio ante às safras anteriores de soja, bem como à influência climática.

Conforme o agrônomo, entre as recomendações ao produtor destacadas pelo Consórcio Antiferrugem estão rotacionar ingredientes ativos de fungicidas com diferentes mecanismos de ação. Além disso, pe importante aplicar tais produtos sempre de forma preventiva e associados a fungicidas protetores ou multissítios.

Fitotoxicidade por fungicidas

Foto: Milton Doria/Adapar

Em áreas de soja atingidas pela seca e pelo calor extremo existem vários casos de fitotoxicidade em lavouras. Esses registros são decorrentes de aplicações de fungicidas, conforme o especialista da Sipcam Nichino Brasil.

De acordo com ele, estudo recente da Fundação MS avaliou os impactos negativos da fitotoxicidade na aplicação de fungicidas ante condições de déficit hídrico acentuado.

Esse problema tem como consequência reduções expressivas no rendimento de grãos de soja, lembra Freitas. Assim, produtos com formulação à base de água são mais eficazes em comparação aos que possuem base de óleo ou necessitam deste composto na calda.

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