MERCADO DO GRÃO

Na véspera do USDA, soja tem dia de poucos negócios no Brasil. Confira os preços

Preços do grão caem, enquanto mercado se concentra no plantio

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O mercado brasileiro da soja apresentou um dia fraco em termos de negócios, com preços em queda, ainda que leve. Segundo a Safras & Mercado, os agentes do setor permanecem fora do mercado, concentrados no plantio e aguardando o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado amanhã.

Veja os preços do grão

  • Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 135,00 para R$ 134,00
  • Na região das Missões (RS), o preço recuou de R$ 134,00 para R$ 133,00 a saca
  • No Porto de Rio Grande (RS), o valor passou de R$ 142,00 para R$ 141,50
  • Em Cascavel (PR), a saca desvalorizou de R$ 139,00 para R$ 138,50
  • No Porto de Paranaguá (PR), o preço diminuiu de R$ 144,00 para R$ 143,00
  • Em Rondonópolis (MT), a saca estabilizou em R$ 136,00
  • Em Dourados (MS), o preço também se manteve em R$ 136,00
  • Em Rio Verde (GO), a saca desvalorizou de R$ 132,00 para R$ 131,00

Chicago

Os contratos futuros de soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam em baixa na quinta-feira. O mercado foi pressionado pela previsão de chuvas no Brasil, que beneficiam o plantio, e pela expectativa de uma produção recorde nos Estados Unidos, com o avanço da colheita.

Os agentes já estão ajustando suas carteiras em relação ao relatório do USDA, que será publicado na sexta-feira. Espera-se que o Departamento reduza suas estimativas para a safra e os estoques finais de soja nos Estados Unidos para 2024/25.

Analistas consultados pelas agências internacionais projetam estoques americanos de 542 milhões de bushels para 2024/25, abaixo dos 550 milhões previstos em setembro. A produção esperada é de 4,572 bilhões de bushels, comparada aos 4,586 bilhões apontados anteriormente.

No cenário global, o mercado antecipa estoques finais de 134,3 milhões de toneladas para 2024/25, uma leve queda em relação aos 134,6 milhões de setembro. Para a safra de 2023/24, a expectativa é de 112,2 milhões de toneladas, ligeiramente abaixo das 112,3 milhões indicadas no mês passado.

Os exportadores privados dos Estados Unidos relataram a venda de 166.000 toneladas de soja em grãos para a China, com entrega programada para a temporada 2024/25.

USDA

O USDA divulgou na segunda-feira um relatório sobre a evolução da colheita das lavouras de soja. Até 6 de outubro, 47% da área havia sido colhida, comparado aos 26% da semana anterior e aos 37% do mesmo período do ano passado. A média histórica é de 34%.

Sobre as condições das lavouras americanas de soja, 63% foram classificadas como boas ou excelentes, enquanto 26% estão em situação regular e 11% em condições ruins ou muito ruins. Na semana anterior, os índices eram de 64%, 25% e 11%, respectivamente.

As exportações líquidas de soja dos Estados Unidos para a temporada 2024/25, iniciada em 1º de setembro, totalizaram 1.264.300 toneladas na semana encerrada em 3 de outubro. Para a temporada 2025/2026, as exportações foram negativas em 8.400 toneladas, com analistas prevendo volumes entre 1,2 milhão e 1,8 milhão de toneladas somados às duas temporadas.

Contratos da soja em grão

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Foto: Paulo Lanzetta/Embrapa

Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com queda de 5,50 centavos de dólar, ou 0,53%, a US$ 10,14 3/4 por bushel. A posição de janeiro teve cotação de US$ 10,31 1/2 por bushel, com perda semelhante.

Nos subprodutos, o farelo com entrega em dezembro fechou em baixa de US$ 5,10, ou 1,58%, a US$ 316,10 por tonelada. Já o óleo, com vencimento em dezembro, encerrou a 43,76 centavos de dólar, com alta de 0,70 centavo, ou 1,62%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão com queda de 0,03%, negociado a R$ 5,5844 para venda e a R$ 5,5824 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,5664 e a máxima de R$ 5,6044.