ATENÇÃO AO TEMPO

O tempo seco e o impacto nas lavouras de soja

Com chuvas intensas e variáveis, os produtores de soja devem acompanhar as previsões e alertas, especialmente em áreas com risco de excesso ou falta de precipitação

Imagem de Enrique por Pixabay
Imagem de Enrique por Pixabay

A previsão das chuvas para os próximos dias traz boas perspectivas em algumas regiões de soja espalhadas pelo Brasil, mas também preocupações com o excesso de precipitações que podem prejudicar os trabalhos no campo. No Matopiba, a expectativa é de boas chuvas, mas o excesso de precipitação pode comprometer a colheita.

O cenário é semelhante no Centro-Oeste, onde as chuvas são intensas, mas também podem afetar a produção. Já no Sul, o Paraná apresenta uma previsão razoável, enquanto o Rio Grande do Sul enfrenta dificuldades devido à falta de chuva e temperaturas elevadas.

O panorama não deve mudar muito, com exceção do Estado de Mato Grosso, que tem uma previsão mais favorável. As imagens de satélite indicam que os temporais ainda se concentram no Centro-Oeste, Norte e Nordeste, enquanto o Sul, especialmente o Rio Grande do Sul, apresenta poucas nuvens. A temperatura máxima está mais amena, oferecendo algum alívio aos produtores.

No Paraná, a previsão nas lavouras de soja é de até 50 mm de chuva em 5 dias, o que favorece a região Oeste, mas preocupa as áreas centrais de Santa Catarina e o Norte do Rio Grande do Sul, onde os acumulados podem ultrapassar 100 mm, prejudicando os trabalhos no campo. A região Oeste do Rio Grande do Sul enfrenta uma situação de seca, com a previsão de chuvas só retornando de forma homogênea a partir dos dias 7 a 10 de fevereiro.

No Centro-Oeste, as chuvas são favoráveis, especialmente em Mato Grosso do Sul, que deve recuperar as lavouras com déficit hídrico. Goiás e a faixa leste de Mato Grosso também devem receber boas chuvas, mas os trabalhos no campo podem ser prejudicados. Já a região Oeste de Mato Grosso deve receber volumes de chuva entre 20 e 30 mm, aliviando um pouco a situação dos produtores.

O Norte também apresenta um bom cenário, com até 50 mm de chuva em 5 dias, permitindo que os produtores de Santarém avancem com os trabalhos. No Tocantins, a previsão é preocupante, com chuvas que podem ultrapassar 100 a 150 mm em 5 dias, afetando as lavouras.

No Nordeste, a soja no Maranhão e no Piauí ainda enfrentam dificuldades com a chuva, o que atrapalha a finalização da semeadura e o tratamento fitossanitário, mas as lavouras em desenvolvimento estão em bom estado. Na Bahia, a previsão é favorável, com até 50 mm em 5 dias nas principais regiões produtoras, mantendo o cenário otimista para os produtores.

Em São Paulo, a chuva intensa registrada na sexta-feira passada gerou preocupação, mas foi um fenômeno pontual causado por ventos quentes e úmidos que impediram a tempestade de se deslocar. A previsão é de mais de 200 mm de chuva em algumas áreas, especialmente na capital paulista, até a próxima sexta-feira.

O Sudeste também receberá boas chuvas, principalmente no centro-norte de Minas Gerais e no Espírito Santo, com volumes superiores a 150 mm. O Triângulo Mineiro e o interior paulista devem receber boas chuvas, que ajudarão na recuperação das pastagens e no desenvolvimento da safra de verão.