Um dos maiores eventos da sojicultura brasileira, a Abertura Nacional do Plantio da Soja, que aconteceu nesta quinta-feira, 24 em Capinópolis (MG), debateu a importância dos bioinsumos para o setor.
Segundo explica o coordenador Nacional do Programa de Bioinsumos, Alessandro Cruvinel, essa iniciativa tem como objetivo, ampliar e fortalecer o uso de bioinsumos para promoção do desenvolvimento sustentável da agropecuária brasileira.
“O programa propõe um marco regulatório para produção e uso desse insumos, fomentar a ciência de tecnologia e inovação, articular instrumentos de crédito para produção, estimular a disseminação de conhecimento e informações de boas práticas, além de incentivar a criação de novas biofábricas”, diz.
Também presente durante o evento multiplataforma, o diretor de inovação do Ministério da Agricultura, Cleber Soares destacou que o programa será tão bom para o campo, quanto para as indústrias e a sociedade.
“A sociedade também será beneficiada por esse programa, porque visamos acelerar e fortalecer a nossa agricultura sustentável. Para que tudo funcione estamos acelerando o processo de registro de novos bioinsumos no país”, afirma Soares.
Segundo o representante do Ministério da Agricultura, Para esse ano o plano safra conta com duas linhas de crédito voltados para os bioinsumos:
1 – a Inovagro: onde o produtor independente pode tomar recursos para a aquisição da sub linha de custeio. “Ou seja para aquisição de produtos biológicos, como também para aquisição de capital, ou seja compra de equipamentos e máquinas (neste caso ele pode adquirir até 30% do valor total de tomada de crédito)”, diz.
2 – a prodecoop: é voltada aos produtores que participam de cooperativas. Neste caso o produtor também pode tomar crédito para custeio ou aquisição de maquinários”, afirma ele.
Expansão no Brasil
Segundo o anfitrião do evento, Wesley Barbosa, presidente da Aprosoja-MG e proprietário da Fazenda Dois Corações, que sediou a celebração, nesta safra irão começar a testar os bioinsumos.
“A Fazenda Dois Corações irá usar pela primeira vez os bioinsumos em sua produção de soja nesta safra 2020/2021”, informa.
E ele não será o único, segundo o presidente da Croplife Brasil, Christian Lohbauer, o programa de bioinsumos é amplo, e na parte da biodefensivos, por exemplo, tem um potencial de crescimento enorme.
“Só o uso de biodefensivos cresce no mundo a uma taxa de 10% ao ano. No Brasil esse percentual é ainda maior, chegando a 15% ao ano. Atualmente os biodefensivos ainda representam apenas 3% de uso no campo, mas tem muito potencial para crescer rápido”, comenta.
“Então esse programa é muito importante pois dá uma dimensão para todo o universo de novos produtos, novos processos sustentáveis ao agronegócio e trará certamente muitos bônus ao país”, finaliza Lohbauer.