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SUSTENTABILIDADE

Pegada de carbono do campeão de produtividade de soja foi 61% menor

Vencedor do Cesb 2023 obteve rendimento de 134,46 sacas de soja no hectare auditado. Redução de impactos ambientais foi o grande diferencial

Produtores rurais procuram atender as exigências dos órgãos reguladores e fiscalizadores para antecipar o plantio da soja antes do término do período de 90 dias, prazo que corresponde ao período de vazio sanitário, definido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Foto: Reprodução/ Canal Rural Bahia

A produção de soja é um dos pilares da economia brasileira. Para destacar os agricultores que mais se empenham no cultivo, o Desafio Nacional de Máxima Produtividade da Soja, do Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb), premia as lavouras que obtiveram os maiores rendimentos médios por hectare.

Para obter pontuação máxima no concurso, o alto desempenho em critérios de sustentabilidade, como redução da pegada de carbono, uso eficiente de recursos naturais e do solo é imprescindível.

Nesta edição de 2023, os grandes vencedores foram o produtor João Lincoln Reis Veiga e o consultor Gerson Justo Júnior, da Fazenda Congonhal, de Nepomuceno, Minas Gerais. A marca atingida por eles, na categoria cultivo Sequeiro/Nacional e cultivo Sequeiro/Sudeste, foi de 134,46 sacas de soja na área auditada.

Além de produtividade que representa mais que o dobro da média nacional, o conceito de sustentabilidade se fez presente nos talhões inscritos no Desafio.

“O vencedor do prêmio, dentro de sua categoria, é aquele que consegue uma produção sustentável e rentável de soja, ou seja, é capaz de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, a quantidade de produtos químicos no solo e o consumo de água, garantindo uma alta produtividade”, salienta a especialista de Sustentabilidade Aplicada da Fundação Eco+, Vitória Lanes. As análises dos competidores do prêmio são feitas pela entidade.

Redução da pegada de carbono na soja

Foto: Ministério da Agricultura

Vitória conta que para cada quilo de soja produzida pelo campeão nacional de 2023, houve uma redução notável em diversos aspectos ambientais e econômicos. “Quando falamos sobre pegada de carbono, por exemplo, o resultado foi um impacto 61% menor que a média do restante dos competidores”.

De acordo com ela, esse resultado pode ser atribuído à produtividade, que é 55% maior que média da Região Sudeste, de modo que a área de cultivo necessária para produção de 1 kg de soja é menor, resultando em menores emissões de CO2 a partir de eventuais mudanças no manejo da terra. “Isso implica no consumo de fertilizantes, que foi 78% menor do que a média da categoria”, ressalta.

Para a coordenadora técnica do Cesb, Lorena Moura, os maiores índices de produtividade e sustentabilidade apresentados pelos vencedores acabam estimulando os profissionais da sojicultura a implantarem e aprimorarem algumas práticas de cultivo inovadoras, que possibilitem extrair o potencial máximo da cultura em suas fazendas.

“A cada safra, temos observado o aumento do uso do sistema de plantio direto, de microrganismos para incrementar a fixação biológica de N, de produtos biológicos e de tecnologias para auxiliar no uso racional dos insumos, por exemplo, que fomentam o aumento destas produtividades de forma sustentável“, comenta.

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