O produtor rural José Eugênio concorre ao prêmio Personagem Soja Brasil – Safra 2022/23. A família dele veio de Minas Gerais e se instalou no interior de São Paulo há cerca de 70 anos. Assim, entre diversos primos e tios ligados ao agronegócio, ele é mais um apaixonado pela terra.
“Todo ano surgem novos conhecimentos, novas interações”, diz, referindo-se à necessidade que sente de estar sempre antenado com o que há de mais moderno no setor.
Eugênio e sua família começaram com a produção de cana-de-açúcar, depois foram para a pecuária e, em um passado mais recente, diversificaram com a soja. “Estamos priorizando a soja nas reformas de cana. Temos soja e cana ao mesmo tempo, no sistema meiosi. Uma cultura ajuda a outra”, explica.
Segundo ele, nas reformas de cana, são implantadas um mix de plantas e, em seguida, instala-se a soja. Tudo isso para quebrar a monocultura e aumentar a biodiversidade do solo. “Estamos nesse sistema há oito anos. É uma simbiose, uma sinergia grande entre as duas culturas, nos deixando evoluir na produtividade de ambas e, ainda, reduzindo custos”, declara.
Investimento em adubação para soja e cana
O produtor também destaca a importância de reforçar a adubação do solo, insistindo no aumento de matéria orgânica. “Também é fundamental começar a trabalhar com adubos menos solúveis, com granulometria menor; adubos de rocha brasileira”, conta.
Ainda assim, Eugênio reforça que a transição para um solo mais saudável não acontece de um ano para outro. “Demora de três a quatro anos para você conseguir aumentar um pouco a produtividade, mas o seu custo cai e a resistência das plantas com esse conceito nutricional, com adubos menos solúveis e o incremento de orgânicos no solo é mais resiliente”, conta.
Para ele, apesar de salientar que não trabalha para ser reconhecido e, sim, porque ama o que faz, é um orgulho ser indicado ao prêmio Personagem Soja Brasil. “Todo ano tentamos nos aprofundar no conhecimento. Podermos compartilhar e interagir com os produtores e companheiros é uma satisfação muito grande que temos”, conclui.