O prêmio Personagem Soja Brasil – Safra 21/22, que reconhece os maiores nomes da cadeia da oleaginosa, está com a votação aberta. Desta vez, três produtores rurais e três pesquisadores concorrem. Todos possuem vasta experiência no ramo e, ao longo dos anos, deram contribuições fundamentais ao desenvolvimento da cultura que é a protagonista da agricultura nacional.
Para te ajudar a escolher, estamos diariamente contando a trajetória de cada um deles e, agora, é a vez do pesquisador da Fundação ABC, Luis Henrique Penckowski, que trabalha no manejo de resistência de espécies como Amaranthus sp e Lolium sp na soja e em outras culturas. Natural de Ponta Grossa, Paraná, ele tratava gado e operava trator desde criança, na fazenda do avô. “O meu desenvolvimento sempre esteve muito ligado à terra”, conta.
Para ele, a ciência das plantas daninhas é motivadora porque, a cada ano, novos desafios aparecem e é preciso encontrar soluções contínuas. “A questão da resistência, que temos de colocar como um ponto importante no manejo, é promover a diversidade, com a rotação de cultura, aumento de palha no sistema, não usar um único herbicida”, contextualiza.
Penckowski sempre costuma dizer que não é possível evitar a resistência, mas atrasá-la significa economia ao agricultor. “Resistência custa caro para o produtor. Outro ponto importante a ser levado em consideração é que muitas plantas daninhas são hospedeiras para pragas e doenças. Então, muitas vezes, um percevejo que está atacando a sua soja ou o seu milho pode estar se escondendo naquela planta daninha”, explica.
Perfil do pesquisador
O pesquisador destaca que o perfil profissional de quem está inserido na área de agronomia e, especificamente, na de plantas daninhas, é daquele que não tem medo do trabalho e que deseja continuar estudando sempre, além de ter paixão pelo que faz.
“É muito gratificante ser indicado [ao Personagem Soja Brasil] pelo segundo ano consecutivo […]. Minha família está muito contente, meus filhos ficaram muito alegres. Acho que temos de ser uma inspiração para nossos filhos”, diz.