MERCADO

Preço da soja despenca no Brasil com melhora do clima

O comprador procura acessar preços mais baixos do que o produtor está disposto a ofertar, havendo um spread grande no mercado

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Foto: Reprodução

O mercado brasileiro de soja iniciou a semana com poucas negociações. A comercialização de lotes pontuais acaba ocorrendo, mas os volumes são irrisórios devido aos atuais níveis de preço.

O comprador procura acessar preços mais baixos do que o produtor está disposto a ofertar, havendo um spread grande no mercado. Os prêmios, por sua vez, não mostram uma reação relevante na formação das cotações.

  • Passo Fundo (RS): caiu de R$ 133 para R$ 132
  • Região das Missões: baixou de R$ 131 para R$ 128,50
  • Porto de Rio Grande: diminuiu de R$ 139 para R$ 138
  • Cascavel (PR): decresceu de R$ 131 para R$ 126
  • Porto de Paranaguá (PR): desvalorizou de R$ 140 para R$ 136
  • Rondonópolis (MT): recuou de R$ 125 para R$ 124
  • Dourados (MS): baixou de R$ 124 para R$ 120
  • Rio Verde (GO): foi de R$ 121 para R$ 120

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços mais baixos.

A melhora nas condições climáticas no Brasil e a queda acentuada do petróleo empurraram as cotações para o território negativo.

Fundos e especuladores seguem liquidando posições, reflexo do retorno das chuvas e do sentimento de a queda no rendimento no Brasil estar estancada.

Mesmo com uma produção menor do que o ano passado e do estimado, a perda de safra no Brasil vai mais do que ser compensada pelo aumento em outros países sul-americanos, principalmente a Argentina.

No fechamento de Chicago, o petróleo caía quase 5% no exterior, liderando retração das demais commodities. Além disso, há um deslocamento da demanda global por soja dos Estados Unidos para a América do Sul.

Inspeções de exportação

As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 674.749 toneladas na semana encerrada no dia 4 de janeiro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Na semana anterior, as inspeções de exportação de soja haviam atingido 969.454 toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado fora de 1.460.761 toneladas.

O mercado aguarda o relatório de sexta do USDA para oferta e demanda mundial e norte-americana, além dos números sobre os estoques trimestrais dos Estados Unidos em 1° de dezembro. A aposta é de um corte na estimativa de safra do Brasil.

Contratos futuros

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Foto: Envato

Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com baixa de 10,75 centavos ou 0,85% a US$ 12,45 1/2 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 12,54 3/4 por bushel, com perda de 9,50 centavos ou 0,75%.

Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com baixa de US$ 0,900 ou 0,24% a US$ 368,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 47,81 centavos de dólar, com alta de 0,18 centavo ou 0,37%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,06%, sendo negociado a R$ 4,8681 para venda e a R$ 4,8661 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,8634 e a máxima de R$ 4,9004.