MERCADO

Preço da soja aumenta e negócios fluem. Veja cotações

Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com alta de 10,50 centavos ou 0,81% a US$ 12,96 3/4 por bushel

Colheita de soja
Foto: Wenderson Araujo/Trilux

O ritmo de negócios com soja no Brasil melhorou nesta terça-feira (17). Os preços ficaram de estáveis a mais altos no país.

As principais praças de comercialização tiveram alta, favorecidas pela elevação em Chicago. Analistas de Safras & Mercado estimam que de 200 mil a 250 mil toneladas foram negociadas no mercado brasileiro no dia, o que não é muito, mas, em perspectiva, é um volume considerado bom.

Confira os preços internos da saca de 60kg

  • Passo Fundo (RS): seguiu em R$ 142
  • Região das Missões: estabilizou em R$ 140
  • Porto de Rio Grande: permaneceu em R$ 152
  • Cascavel (PR): valorizou de R$ 134 para R$ 135
  • Porto de Paranaguá (PR): cresceu de R$ 144 para R$ 145
  • Rondonópolis (MT): seguiu em R$ 126
  • Dourados (MS): estabilizou em R$ 126
  • Rio Verde (GO): subiu de R$ 121 para R$ 123

Soja na Bolsa de Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços em boa alta. Os agentes voltam suas atenções para a América do Sul e o atraso no plantio no Brasil ajudou a sustentar as cotações.

A boa demanda pela soja americana e a menor aversão ao risco no financeiro completam o cenário positivo.

O clima de poucas chuvas no norte do Brasil e de excesso de precipitações no sul está mantendo com atraso os trabalhos de semeadura no Brasil. O plantio da safra de soja 2023/24 do Brasil está em 15,8% da área total esperada até o dia 13 de outubro.

A estimativa parte de levantamento de Safras & Mercado. Na semana anterior, o número era de 7,8%. Em igual período do ano passado, a área semeada era de 19,1% e a média de cinco anos é de 16,7%.

Apesar da preocupação com o conflito no Oriente Médio, cresce no mercado financeiro o sentimento de que os juros não serão mais elevados nos Estados Unidos este ano. O clima mais tranquilo no financeiro ajudou no bom desempenho da soja.

Há ainda reflexos positivos dos bons números de esmagamento e exportações recentes nos Estados Unidos.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou nesta segunda (16) o relatório sobre a evolução colheita das lavouras de soja. Até 15 de outubro, a área colhida estava apontada em 62%.

Na semana passada, eram 43%. Em igual período do ano passado, a colheita era de 60%. A média é de 52%. Segundo o USDA, até 15 de outubro, as lavouras estavam nas seguintes situações:

  • 52% entre boas e excelentes;
  • 30% regulares; e
  • 18% entre ruins e muito ruins

Na semana anterior, os índices eram de 51%, 31% e 18%, respectivamente.

Contratos futuros

Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com alta de 10,50 centavos ou 0,81% a US$ 12,96 3/4 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 13,16 1/4 por bushel, ganho de 10,50 centavos de dólar, ou 0,80%, na comparação com o dia anterior.

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 9,60 ou 2,46% a US$ 399,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 55,35 centavos de dólar, com baixa de 0,55 centavo ou 0,98%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em baixa de 0,02%, sendo negociado a R$ 5,0341 para venda e a R$ 5,0321 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,0098 e a máxima de R$ 5,0653.