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ANÁLISE

Preços da soja ficaram positivos durante a semana. E agora, qual a tendência?

Cotações nacionais e em Chicago tiveram elevação nos últimos dias. Posição dos investidores pode revelar próximos passos neste cenário

seta formada com soja apontando para notas de 50 reais - preço da soja
Foto: Daniel Popov

O mercado brasileiro de soja teve uma semana de preços firmes e de melhora no ritmo dos negócios nas principais praças do país.

A combinação de ganhos na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) e de valorização do dólar frente ao real sustentou os preços domésticos e motivou a comercialização.

Variação de preços na semana

Entre a segunda-feira (20) e sexta (24), os preços da soja variaram positivamente nas seguintes praças de comercialização:

  • Passo Fundo (RS): subiu de R$ 127 para R$ 134
  • Cascavel (PR): avançou de R$ 126 para R$ 132
  • Rondonópolis (MT): passou de R$ 122 para R$ 124
  • Porto de Paranaguá: foi de R$ 134,50 para R$ 140

Já os prêmios de exportação oscilaram entre a estabilidade e a firmeza. Houve uma maior movimentação no início da semana nos portos, em decorrência da demanda chinesa. O ritmo diminuiu no final da semana com os rumores de que a China estaria comprando soja nos Estados Unidos.

Soja em Chicago

Foto: Ministério da Agricultura

Na Bolsa de Chicago, o boato da compra chinesa e as preocupações pontuais com a safra gaúcha e da Argentina deram sustentação à cotações.

Assim, os contratos com vencimento em julho tiveram valorização de 0,98%, atingindo US$ 12,40 por bushel na manhã da sexta.

O câmbio também favoreceu as negociações. O dólar comercial era cotado a R$ 5,1335 na manhã da sexta, acumulando uma valorização de 0,62% na semana. As preocupações com o futuro dos juros dos Estados Unidos, que podem ficar altos por mais tempo, e as incertezas fiscais internas deram suporte à moeda norte-americana.

Tendência de alta?

Os dados desta semana mostram que três commodities agrícolas vivem uma inversão positiva: a soja, o milho e o trigo. Na visão do comentarista do Canal Rural, Miguel Daoud, isso acontece por medida de segurança, visto que os investidores estão antevendo um descompasso na relação entre oferta e demanda, até então equilibrada.

“A oferta pode diminuir um pouco. Os fenômenos climáticos mostram que pode haver menos grãos no mundo, então os investidores começam a sair das taxas de juros que, de certa forma, remuneram bem, e começam a ir para as commodities, que caíram demais nos últimos tempos”.

De acordo com ele, as tendências dos contratos desses grãos e cereal melhoraram muito nos últimos dias e tendem a, por ora, continuar assim.

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