O mercado brasileiro de soja iniciou a semana com boa movimentação nos preços das principais praças de comercialização. A alta de Chicago favorece a recuperação.
Segundo analistas de Safras & Mercado, a comercialização no dia também é expressiva, com melhores volumes negociados para o novo ciclo.
Para a safra disponível, a oferta é menor, uma vez que muitas tradings estão encerrando seus programas. Na outra ponta, a indústria aproveitou para comprar.
Veja as cotações
- Passo Fundo (RS): subiu de R$ 143 para R$ 145
- Região das Missões: avançou de R$ 142 para R$ 143
- Porto de Rio Grande: aumentou de R$ 152,50 para R$ 154
- Cascavel (PR): cresceu de R$ 133 para R$ 135
- Paranaguá (PR): valorizou de R$ 143 para R$ 145
- Rondonópolis (MT): subiu de R$ 126 para R$ 128
- Dourados (MS): seguiu em R$ 126
- Rio Verde (GO): passou de R$ 127 para R$ 128,50
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira (6) com preços em forte alta.
A preocupação com o clima irregular no Brasil e os ganhos do petróleo garantiram a quinta sessão consecutiva de valorização. Janeiro atingiu o maior patamar desde 14 de setembro.
Durante o final de semana, foram registradas chuvas excessivas no sul do Brasil e poucas precipitações no norte e a previsão é de continuidade desse quadro. O plantio segue atrasado e gera preocupação no mercado.
O plantio da safra de soja 2023/24 do Brasil está em 47,4% da área total esperada até o dia 3 de novembro. A estimativa parte de levantamento de Safras & Mercado. Na semana anterior, o número
era de 37,1%. Em igual período do ano passado, a área semeada era de 55,9% e a média de cinco anos é de 56,9%.
O bom desempenho do petróleo em Nova York impulsionou o óleo de soja, que liderou os ganhos. A boa demanda pelo grão norte-americano completou o cenário positivo.
Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 126.000 toneladas de soja em grãos para a China, a serem entregues na temporada 2023/24.
Inspeções de exportação
As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 2.085.419 toneladas na semana encerrada no dia 2 de novembro, conforme relatório semanal divulgado pelo USDA. Na semana anterior,
as inspeções de exportação de soja haviam atingido 2.050.407 toneladas.
O Departamento deverá reduzir a sua estimativa para a safra norte-americana de soja em 2023/24, no relatório de novembro. Os números serão divulgados na quinta, às 14h. Os estoques finais deverão ser elevados.
Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 221 milhões de bushels em 2023/24. Em outubro, a previsão ficou em 220 milhões de bushels.
A safra americana deverá ser indicada em 4,098 bilhões de bushels para 2023/24, contra 4,104 bilhões apontados em outubro. No ano passado, a safra ficou em 4,270 bilhões.
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2022/23 de 102 milhões de toneladas, contra 101,9 milhões indicados em outubro. Para 2023/24, a
estimativa do mercado é de 115,6 milhões, o mesmo número do relatório anterior.
Contratos futuros da soja
Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro fecharam com alta de 10,750 centavos ou 0,79% a US$ 13,64 por bushel. A posição março teve cotação de US$ 13,78 1/2 por bushel, ganho de 10,75 centavos de dólar, ou 0,78%, na comparação com o dia anterior.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 3,50 ou 0,79% a US$ 437,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 50,80 centavos de
dólar, com alta de 1,31 centavo ou 2,65%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em baixa de 0,20%, sendo negociado a R$ 4,8869 para venda e a R$ 4,8849 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,8844 e a máxima de R$ 4,9110.