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Produtor de soja da Bahia vendeu 35% da safra 23/24; rendimento da lavoura teve leve queda

Além disso, clima seco tem feito região do oeste do estado sofrer com o aparecimento de mosca-branca e primeiros focos de ferrugem

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Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural

O produtor de soja de Luiz Eduardo Magalhães, na Bahia, Edgar Soder, ficou na dúvida sobre o momento de plantar o grão na lavoura de 160 hectares. A falta de chuva o preocupou. “A soja foi nascendo em cima de garoas, não tivemos chuva, mas, mesmo assim, o resultado foi bom”.

Ele precisou replantar 10% da área por conta da adversidade climática, mas, agora, o que mais acende o alerta é o aparecimento de pragas, como a mosca-branca.

O engenheiro agrônomo Douglas Bagerski, que presta consultoria ao produtor, conta que anos mais secos são críticos à proliferação do inseto e demais parasitas.

“Para controlar, fizemos um bom tratamento de sementes, com inseticida, além de termos buscado produtos para ajudar na fixação biológica do solo e na nutrição da própria semente”.

Alerta contra ferrugem

O Oeste da Bahia, região que concentra quase 99% da produção de soja do estado, emitiu um comunicado a respeito dos primeiros focos de ferrugem-asiática. Os casos aconteceram em Barreiras e Luiz Eduardo Magalhães.

O produtor Edgar Soder deve começar a colher a soja em abril, assim como muitos produtores do estado. Os trabalhos de retirada dos grãos das vagens está atrasada na região, com 3,2% da área.

De acordo com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), a produtividade média registrada até o momento é de 70 sacas por hectare, enquanto na safra passada o rendimento era de 74 sacas.

Comercialização atrasada da soja

Foto: Envato

Levantamento da Aiba mostra que 35% da safra 23/24 foi comercializada na região Oeste da Bahia, enquanto em mesmo período da temporada passada os produtores já haviam vendido toda a produção.

“Fiz a escolha de não vender nada agora porque o preço não compensa”, conta Soder. Já o produtor Nicolas Casali negociou parte da produção antecipadamente, aproveitando os patamares do ano passado.

Ele espera uma melhora nos preços para comercializar o restante da safra. “A previsão é fazer uma relação de troca; às vezes alguns produtos acompanham [a queda da soja], outros não, então ficamos na expectativa para ver se as sementes, os fertilizantes vão acompanhar para fazer uma boa relçao de troca”.

Esta reportagem fez parte do 12º episódio do Programa Soja Brasil, que trouxe diversos outros destaques. Acompanhe:

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