Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

RELAÇÃO DE TROCA

Produtor de soja deveria antecipar compra de fertilizantes para a safra 24/25, diz Argus

Cloreto de potássio está em patamar favorável, enquanto MAP segue estável. Cenário positivo deve mudar a partir do 2º trimestre, diz empresa

fertilizantes
Fertilizantes. Foto: Daniel Popov/Canal Rural

Sucesso e fracasso, safra cheia e quebra. Essa é a rotina do produtor de soja brasileiro. A temporada 2023/24 não será recorde. Os cortes de produtividade em Mato Grosso, apenas para citar um exemplo, são severos.

No entanto, o momento é de sacudir a poeira e olhar para a frente. Isso porque o atual cenário mostra que já é hora de abastecer-se de insumos para planejar o ciclo 2024/25. Essa é a avaliação da especialista em agricultura e fertilizantes da Argus, Renata Cardarelli.

“Em 2023, o produtor de soja postergou muito as suas compras de fertilizantes. Já neste momento, vemos que ele pode antecipar essas aquisições já para o primeiro trimestre deste ano porque o preço está favorável, em especial o cloreto de potássio”, conta.

Contudo, ela salienta que os preços dos fosfatados continua firme, ainda mais ao se considerar o MAP.

“Considerando isoladamente o SSP, outro fertilizante fosfatado, pode ser que as compras se intensifiquem neste momento. A tendência que observamos é que o preço do grão não está ajudando muito [a relação de troca]. O que enxergamos é que o produtor reavaliará o cenário para antecipar as suas compras, especialmente de KCL (cloreto de potássio) e de alguns fosfatados”.

Preço dos fertilizantes

Em custos de importação, o MAP está, desde 21 de dezembro de 2023, cotado a 560 dólares por tonelada. “Mas devemos ver um incremento neste preço assim que o exportador se posicionar porque o Brasil deve começar a importar o produto”, considera Renata.

Quanto ao cloreto de potássio, a especialista da Argus sinaliza que está abaixo de 300 dólares por tonelada no mercado de importação.

De acordo com ela, ao se observar a série histórica, os preços deste adubo recuaram significativamente desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia.

“Agora estão mais dentro dos patamares que estamos acostumados a ver, diferente do MAP, que segue firme em 560 dólares por tonelada”.

Renata afirma que o produtor segue apostando em queda de preço de MAP, o que pode ser um equívoco, já que não há fatores que deem espaço para novas reduções deste fertilizante.

Relação de troca com a soja

Foto: Envato

Ao considerar Rondonópolis, em Mato Grosso, como referência, a relação de troca para este ano é menor: no início de 2023, o produtor necessitava de 16,7 sacas de soja para adquirir uma tonelada de fertilizante, enquanto neste ano iniciou-se com 16 sacas.

“O preço da soja tem caído em proporção maior do que vemos na cesta NPK na região. A tendência é que a relação de troca continue subindo mais um pouco, por isso que o produtor de soja deveria se posicionar e antecipar a compra, mas não é isso que temos visto”.

Comportamento do produtor

Em 2022/23, ciente do confortável estoque de passagem, o produtor deixou para o último momento a aquisição de fertilizantes para a soja, com importação e volumes bem significativos de MAP, fosfatados e de cloreto de potássio.

“O que ouvimos do mercado é que alguns agricultores devem seguir o padrão do ano passado, deixando as compras para o último momento, mas essa pode não ser a decisão mais inteligente porque a tendência é que o preço do grão continue caindo”, informa Renata.

De acordo com a especialista, a tendência é que até o final do primeiro trimestre deste ano o preço do MAP suba, ao menos, 10 dólares por tonelada.

Sair da versão mobile