Conforme a análise da plataforma Grão Direto desta segunda-feira (16), o relatório de oferta e demanda da soja mostrou uma leve redução na safra norte-americana, de 124,9 para 124,8 milhões de toneladas. Enquanto isso, a produção global registrou aumento, passando de 428,73 para 429,2 milhões de toneladas, afetando os estoques finais globais.
Além disso, os números apontam que as vendas dos Estados Unidos superaram expectativas, totalizando 2,11 milhões de toneladas, com a China sendo o principal destino.
A safra brasileira 2024/25 está atrasada devido ao tempo seco, com semeaduras ainda isoladas em diferentes áreas do país. Em Chicago, o contrato de soja para setembro de 2024 fechou a US$ 10,06 o bushel (+1,72%).
No mercado brasileiro, os preços foram positivos, apesar do recuo de 0,36% do dólar, que terminou a R$ 5,57. O contrato com vencimento em março de 2025 também teve uma leve alta de 0,29%, fechando a US$ 10,39 o bushel.
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Afinal, o que esperar do mercado?
Decisões importantes sobre taxas de juros nos EUA e no Brasil estão previstas para quarta-feira (18). Nos EUA, espera-se uma redução mínima de 0,25 ponto percentual, a primeira desde o início da pandemia. No Brasil, há possibilidade de aumento das taxas devido às projeções de inflação. Essas decisões podem enfraquecer o dólar de forma global, fortalecendo o real e impactando o mercado da commodity.
Além disso, o Festival de Outono na China que vai até quarta-feira, reduzirá a atividade de compras no país, o que pode afetar negativamente as exportações brasileiras e americanas de soja.
Enquanto isso, as exportações da soja n-o Brasil mostram sinais de desaceleração, com queda de 15,5% em relação ao ano passado. Ainda assim, o total exportado deve alcançar cerca de 5 milhões de toneladas até o final do mês.
O início da safra no Brasil gera preocupações devido à escassez de chuvas, o que pode atrasar o plantio e aumentar os prêmios de risco. As condições climáticas serão cruciais para o desempenho da safra e para as cotações do grão.