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CENÁRIO

Provável perda no RS faz negócios e preços da soja aumentarem

Após atingir o maior patamar em três meses, o mercado esboçou uma queda, mas redução foi amenizada pelas preocupações com o estado gaúcho

Porto Alegre fecha comportas de segurança para evitar inundação Rio Grande do Sul
Porto Alegre fecha comportas de segurança para evitar inundação Rio Grande do Sul

O mercado brasileiro de soja continuou apresentando boas movimentações nos portos. Apesar da volatilidade em Chicago e de um câmbio mais estável, os preços seguem firmes devido às recentes altas nos contratos futuros.

Conforme a Safras Consultoria, os produtores estão aproveitando melhor este momento, negociando volumes maiores. No geral, o mercado segue aquecido.

  • Passo Fundo (RS): seguiu em R$ 131
  • Região das Missões: se manteve em R$ 130
  • Porto de Rio Grande: caiu de R$ 138 para R$ 137
  • Cascavel (PR): permaneceu em R$ 129
  • Porto de Paranaguá (PR): passou de R$ 136 para R$ 137
  • Rondonópolis (MT): ficou em R$ 119
  • Rio Verde (GO): não variou: R$ 119

Soja na Bolsa de Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços mistos.

Após atingir o maior patamar em três meses, o mercado esboçou uma queda, com parte dos investidores realizando lucros. Mas a correção foi impelida pelas preocupações com as enchentes no Rio Grande do Sul e os prejuízos às lavouras daquele estado.

O mercado também tenta se posicionar frente ao relatório de sexta do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. O USDA deverá indicar safra e estoques finais dos Estados Unidos em 2024/25 acima da temporada anterior. Serão as primeiras projeções para a atual temporada.

Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 432 milhões de bushels em 2024/25. Para 2023/24, o mercado aposta em número de 341 milhões de bushels. Em abril, a previsão ficou em 340 milhões de bushels.

Para a produção, o mercado espera um número de 4,43 bilhões de bushels para 2024/25. O número do USDA para 2023/24 é de 4,165 bilhões de bushels.

Oferta e demanda

Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2024/25 de 120 milhões de toneladas. Para 2023/24, a expectativa do mercado é de 112,4 milhões, contra 114,2 milhões estimados em abril.

Para a safra do Brasil em 2023/24, a aposta é de corte, passando dos atuais 155 milhões para 152,6 milhões de toneladas. A produção argentina deve ser reduzida de 50 milhões para 49,5
milhões de toneladas.

Contratos futuros da soja

Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 2,25 centavos de dólar, ou 0,18%, a US$ 12,46 1/2 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 12,45 1/2 por bushel, com perda de 0,50 centavo ou 0,04%. As demais posições subiram.

Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com baixa de US$ 4,40 ou 1,13% a US$ 383,20 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 44,50 centavos de dólar, com alta de 0,66 centavo ou 1,50%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,13%, sendo negociado a R$ 5,0672 para venda e a R$ 5,0652 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,0487 e a máxima de R$ 5,0838.



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