A colheita da safra 2023/24 de soja está em aproximadamente 14% da área, de acordo com o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Apesar disso, alguns produtores do Pará e Maranhão ainda estão semeando. Nesse contexto, surge a dúvida: devo ou não dessecar o meu grão?
Para responder a essa pergunta, o pesquisador da Embrapa Soja, Fernando Adegas, conta que essa decisão precisa estar ancorada em quatro pontos:
- Plantas daninhas: se houver, a dessecação é necessária. “É preciso dessecar para que essas plantas não atrapalhem a colheita, para que não tenha resíduos que atrapalhem a qualidade da soja colhida. Assim, além de uniformizar a cultura, a dessecação controla a praga”.
- Haste verde: quando existe soja madura para colher e outras ainda verdes. “Ao dessecar a lavoura, o produtor consegue uniformizar as plantas verdes para que elas fiquem iguais às que estão em ponto de colheita”.
- Interferência climática: quando está prevista uma chuva que vai atrapalhar a colheita, a dessecação antecipa a maturidade da cultura. “Mas é válido lembrar que a dessecação não melhora a qualidade do grão”.
- Colher antes: o motivo mais procurado pelos produtores: dessecar para antecipar a colheita da soja e implantar antecipadamente uma cultura subsequente, principalmente milho ou algodão.
Adegas lembra que a dessecação deve ser feita no estádio correto da soja: entre R7.2 e R7.3. “É quando uma vagem da planta está madura. Isso significa que toda a matéria seca já está pronta, que a soja está com a sua produtividade máxima para ser colhida. Se dessecar antes disso, vai ter perda de rendimento”.
Esse tema e muitos outros fazem parte do 11º episódio do Programa Soja Brasil. Confira o episódio completo no vídeo acima!