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Brasil já superou exportações de soja de 2022 antes mesmo de setembro acabar

País também deve superar recordes de embarques de óleo e farelo de soja neste ano, agregando valor a sua produção primária

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Foto: Ivan Bueno/AnP

O Brasil exportou 84,3 milhões de toneladas de soja em grão de janeiro até o dia 18 de setembro deste ano. Esse volume já é maior do que todo o acumulado de 2022, que foi de 79 milhões de toneladas. A receita cambial desses embarques é de 44,2 bilhões de dólares.

“O volume exportado, antes mesmo de terminar setembro, já é muito próximo do recorde histórico, em 2021, quando enviamos para o exterior 86,1 milhões de toneladas de soja”, ressalta o diretor de Conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira.

Segundo ele, o potencial para o ano de 2023 é encerrar com embarques acima de 95 milhões de toneladas de soja em grão.

“Há soja disponível para alcançarmos 100 milhões de toneladas e também existe mercado para isso, mas, neste momento, para cravar um número com segurança, podemos estimar em 95 milhões de toneladas”.

Farelo de soja

O grão processado, esmagado, representa um valor agregado e soma à receita cambial.

Faltando 12 dias para encerrar os embarques de setembro, já estamos com 16,4 milhões de toneladas de farelo. Devemos encerrar o mês entre 17 a 18 milhões de toneladas exportadas e, para o ano de 2023, acima de 22 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 10% em relação ao ano passado. “Essa é uma aposta mínima, segura”, ressalta Ferreira.

Óleo de soja

O diretor de Conteúdo lembra que, em relação ao óleo de soja, o país consegue transformar a soja em valor agregado.

Até o dia 18 de setembro, o país embarcou 1,95 milhões de toneladas do coproduto. Em 2022, o Brasil alcançou o recorde, com 2,6 milhões de toneladas.

“Para fechar o ano, estaremos, sem dúvida, por volta das três milhões de toneladas de óleo exportado. Será um grande resultado, olhando o histórico, o avanço importante de exportação de óleo de um milhão de toneladas em 2019 para 2023, agregando valor à nossa produção primária”.

Segundo ele, o fato de a receita cambial, de 2,9 bilhões de dólares até o momento, ser maior do que o volume de óleo exportado é um claro exemplo de valor adicionado à commodity.

As informações provém do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC)