O mercado brasileiro de soja se mostrou mais animado nesta terça-feira (23). Com a alta de Chicago e com o dólar operando perto dos R$ 5,00, foram registrados melhores preços nos principais portos do país.
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Analistas de Safras & Mercado destacam bons volumes de negócios nos portos de referência, Santos (SP) e Paranaguá (PR). Aos poucos, os produtores aceitam o novo quadro de cotações e o mercado volta a ter mais atividade.
Confira os preços da soja disponível
- Passo Fundo (RS): subiu de R$ 124 para R$ 125
- Região das Missões: aumentou de R$ 123 para R$ 124,50
- Porto de Rio Grande: subiu de R$ 125 para R$ 130
- Cascavel (PR): valorizou de R$ 111 para R$ 114
- Porto de Paranaguá (PR): cresceu de R$ 122 para R$ 125
- Rondonópolis (MT): seguiu em R$ 106
- Dourados (MS): subiu de R$ 104 para R$ 107
- Rio Verde (GO): seguiu em R$ 108
Bolsa de Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços mais altos.
Após atingir na semana passada os patamares mais baixos em dois anos, o mercado engata a segunda sessão seguida de recuperação técnica. As incertezas sobre o tamanho da safra brasileira servem de pretexto para as compras por parte de fundos e especuladores.
Safra sul-americana
O grande ponto de atenção dos agentes segue sendo a safra sul-americana. No Brasil, por conta da estiagem, a temporada ficará abaixo do estimado inicialmente. A dúvida é saber o quanto abaixo a produção ficará.
USDA e Conab indicam produção de 157 milhões e 155 milhões respectivamente, cenários considerados muito otimistas.
Circularam no mercado estimativas mais alarmistas, de até 135 milhões de toneladas, o que, aparentemente, é um corte muito acima das previsões de cosultorias privadas.
Safras & Mercado mantém previsão de 151,36 milhões de toneladas, cerca de 10 milhões abaixo do esperado inicialmente.
Mas a perda no Brasil deve ser mais do que compensada pelo aumento de outros produtores, principalmente da Argentina. Na temporada passada, a falta de chuvas fez com que os vizinhos colhessem menos do que a metade do estimado.
Já na atual, o quadro é positivo e se espera 30 milhões de toneladas a mais para ingressarem no mercado.
Contratos futuros
Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com alta de 15,25 centavos de dólar, ou 1,24%, a US$ 12,39 1/2 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 12,47 por bushel, com ganho de 14,00 centavo ou 1,13%.
Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com alta de US$ 5,30 ou 1,48% a US$ 361,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 48,21 centavos de dólar, com alta de 0,05 centavo ou 0,10%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,66%, sendo negociado a R$ 4,9536 para venda e a R$ 4,9516 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,9483 e a máxima de R$ 5,0019.