Mesmo com o potencial recorde, a receita cambial das exportações da soja registrou uma queda de 17% entre janeiro e outubro, conforme dados parciais. Essa diminuição ocorre em meio a um panorama otimista para as vendas de grãos e farelo, criando um contraste com as previsões alarmantes para 2025, que apontam uma redução de 40% nas exportações de óleo de soja.
Nesse contexto, o programa Mercado & Companhia desta terça-feira (22), trouxe uma análise detalhada sobre os desafios e oportunidades que o setor enfrenta. Confira:
Soja em grão
Conforme apresentado no gráfico, a exportação de soja grão está em uma trajetória ascendente. Em 2020, o Brasil embarcou 83 milhões de toneladas, enquanto a previsão para 2023 é de 102 milhões de toneladas. Até a segunda semana de outubro, já foram embarcadas 92,5 milhões de toneladas, o que sugere uma chance real de igualar ou até superar a marca do ano anterior.
No entanto, a equipe enfrentou uma redução no ritmo dos embarques. A grande dúvida atualmente é se haverá soja disponível suficiente para superar as 102 milhões de toneladas do ano passado. É importante ressaltar que a receita cambial caiu 17% em relação ao ano anterior, impactando diretamente os produtores.
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Farelo da soja
No que diz respeito ao farelo, o panorama é um pouco mais otimista. Em 2020, as exportações chegaram a quase 17 milhões de toneladas, enquanto as expectativas para 2023 são de 22,7 milhões de toneladas. Até o momento, já foram embarcadas cerca de 19 milhões de toneladas, indicando uma chance maior de superação do volume do ano anterior, em comparação aos grãos.
Óleo da soja
Por outro lado, o cenário para o óleo de soja é preocupante. Em 2022, o Brasil alcançou 2,6 milhões de toneladas exportadas, com uma receita de 3,9 bilhões de dólares. Em 2023, esse volume caiu para 2,35 milhões de toneladas, com receita de 2,54 bilhões de dólares. A diferença entre volume e receita está aumentando, sugerindo que o país está recebendo menos por tonelada exportada.
Para 2024, o panorama não é promissor. Até agora, foram embarcadas 1,15 milhão de toneladas, com um 1 bilhão de dólares, representando uma queda de 12% na receita cambial.