O produtor de soja Gustavo Ribas Netto, de Ponta Grossa, no Paraná, esperava colher 65 sacas por hectare. No entanto, as condições climáticas e a necessidade de até sete aplicações de fungicidas para o controle da ferrugem-asiática acabaram por derrubar as suas expectativas.
Com isso, ele experimentou queda de 20% na produção. “Em algumas áreas, tivemos muita umidade e em outras pouca. Se você não consegue plantar bem, não vai colher bem. Outro problema foi durante a comercialização. Percebemos queda de mais ou menos 30% [nos preços]”, afirma.
A região dos Campos Gerais tem área de 543 mil hectares dedicados à soja. No início da safra 2023/24, a estimativa era de produção de 2,2 milhões de toneladas de soja. Contudo, com o andamento da temporada, esse número foi reduzido para 1,9 milhão de toneladas, redução de 12,5%.
Com isso, de acordo com o Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral-PR), os prejuízos contabilizados com a quebra chegam a R$ 500 milhões.
Em todo o estado, a estimativa de produção é de 18,3 milhões de toneladas, queda de 16% em relação à projeção inicial, de 21,8 milhões de toneladas.
“A balança comercial é prejudicada para o Paraná e para todo o Brasil, de certa forma, porque esse volume deixa de ser exportado”, afirma o técnico do Deral-PR, Luiz Alberto Vantroba.
Esta matéria foi um dos destaques do 16º episódio do Programa Soja Brasil. Assista na íntegra: