O mercado brasileiro de soja registrou poucas ofertas nesta quinta-feira (8). Alguns lotes da safra 2024/25 foram negociados, mas os preços caíram novamente devido à combinação negativa entre o dólar e a Bolsa de Chicago (CBOT).
Apesar de favoráveis, os prêmios não conseguiram compensar a desvalorização, o que mantém os produtores afastados no curto prazo.
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Confira os preços da soja hoje
- Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 131,50 para R$ 131.
- Na região das Missões, a cotação foi de R$ 130,50 para R$ 130.
- No Porto de Rio Grande, o preço desvalorizou de R$ 139 para R$ 137. Em Cascavel (PR), a saca recuou de R$ 132 para R$ 129.
- No porto de Paranaguá (PR), o preço teve baixa de R$ 138 para R$ 136.
- Em Rondonópolis (MT), a saca caiu de R$ 127 para R$ 126.
- Em Dourados (MS), o preço passou de R$ 123 para R$ 122 a saca.
- Em Rio Verde (GO), a saca teve recuo de R$ 123 para R$ 122.
Mercado de Chicago e previsões do USDA
Os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o dia em baixa pela terceira sessão consecutiva. As condições favoráveis das lavouras americanas indicam uma safra cheia, o que pressiona o mercado. Além disso, há preocupação com o enfraquecimento da demanda, especialmente da China.
As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2023/24, ficaram em 325.400 toneladas na semana encerrada em 1º de agosto. Para a temporada 2024/25, foram mais 985.200 toneladas. Analistas esperavam exportações entre 100 mil e 1,2 milhão de toneladas, somando-se as duas temporadas.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deverá cortar suas estimativas para a safra e os estoques finais dos Estados Unidos em 2024/25. O relatório mensal de agosto do USDA será divulgado na segunda, 12, às 13h. Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 472 milhões de bushels em 2024/25 e 347 milhões de bushels para 2023/24. Em julho, a previsão do USDA era de 435 milhões e 345 milhões, respectivamente.
Para a produção, o mercado espera um número de 4,469 bilhões de bushels para 2024/25. Em julho, o Departamento apontou uma safra de 4,435 bilhões de bushels. Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais de 127,6 milhões de toneladas para 2024/25. Em julho, o número ficou em 127,8 milhões. Para 2023/24, a expectativa do mercado é de 110,9 milhões, abaixo dos 111,3 milhões indicados no mês passado.
- Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com baixa de 11,75 centavos de dólar, ou 1,16%, a US$ 9,93 1/2 por bushel.
- A posição novembro teve cotação de US$ 10,08 1/4 por bushel, com perda de 10,50 centavos ou 1,03%.
- Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 2,20 ou 0,69% a US$ 316,10 por tonelada.
- No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 40,86 centavos de dólar, com perda de 0,02 centavo ou 0,04%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,9%, sendo negociado a R$ 5,5736 para venda e a R$ 5,5716 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,5633 e a máxima de R$ 5,6551.