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Safra de soja 24/25 pelo Brasil: entre desafios e desenvolvimento das lavouras

Com quedas de produção no Paraná e Rio Grande do Sul, a soja enfrenta desafios, mas apresenta bons resultados no Matopiba e na Bahia

Foto: Mercado & Cia/Canal Rural
Foto: Mercado & Cia/Canal Rural

A safra de soja 2024/2025 está enfrentando desafios nos principais estados produtores do Brasil, com condições climáticas variáveis impactando o desenvolvimento das lavouras. No Paraná, a produção do estado sofreu uma revisão para baixo, com uma quebra de 4% em relação à estimativa inicial.

Além disso, no estado, a projeção em 22,3 milhões de toneladas agora é esperada em 21,3 milhões. A estiagem prolongada, especialmente nas regiões Noroeste, Oeste e Centro-Oeste, afetou gravemente as lavouras. A seca foi mais intensa entre o final de dezembro e janeiro, com algumas áreas enfrentando mais de 20 dias sem chuva.

Soja no RS

As chuvas recentes trouxeram um alívio para o estado, permitindo o retorno do plantio e o replantio em algumas áreas. No entanto, o volume de chuva não foi suficiente para recuperar as lavouras que já estavam em floração ou enchimento de grãos. As perdas são consolidadas nas regiões Centro-Oeste, como Santa Maria e Bagé, e o calor intenso favoreceu a proliferação de percevejos, prejudicando ainda mais a qualidade da soja.

Bahia

O estado tem registrado condições climáticas favoráveis, com chuvas regulares e boas médias de produtividade, estimadas em 71 sacas por hectare. Até o momento, a colheita alcançou 32.000 hectares. O foco agora é o monitoramento de doenças e pragas, que podem comprometer a qualidade da safra, mas o cenário fitossanitário permanece controlado.

A situação da soja no Matopiba

Em geral, os produtores desses estados estão otimistas com a safra. No Maranhão, as lavouras do sul estão em fase de enchimento de grãos, enquanto no norte, o ciclo está em fase inicial. As chuvas regulares e o tempo favorável contribuíram para um bom desenvolvimento da soja, com bons resultados esperados.

MT

Em Mato Grosso, a colheita avançou para 12,20% da área total, mas segue abaixo do ritmo usual para o período, quando o esperado seria cerca de 40%. A região Oeste do estado lidera o avanço da colheita, com quase 17% da área já colhida. Apesar do atraso, os produtores estão conseguindo manter um bom progresso no trabalho.