CLIMA BENÉFICO

Safra de soja deve crescer em comparação à anterior, diz consultoria

A estimativa é de 172,4 milhões de toneladas, com produtividade de 60,5 sacas por hectare, refletindo uma expansão de 10,9% em relação à safra anterior

Segundo dados da Conab, Bahia igualou o recorde de produtividade de soja da safra 2020/21.
Foto: Jefferson Aleffe/Marca Comunicação

O Brasil está prestes colher a maior safra de soja da história, de acordo com a Agroconsult. Os números indicam uma produção de 172,4 milhões de toneladas, em uma área de 47,5 milhões de hectares. Essa expectativa se deve ao clima favorável no início do ciclo, ao aumento da área plantada e às boas condições de cultivo na maioria dos estados produtores.

A previsão aponta para uma produtividade média de 60,5 sacas por hectare, o que representa um aumento de 10,9% em relação à safra de 2023/24 e de 6,2% em comparação ao recorde de 2022/23. Embora ainda haja muito a ser feito até o final da colheita, a safra se beneficia de um crescimento de cerca de 700 mil hectares, um aumento de 1,5% sobre o ano passado.

A expansão da área plantada ocorre principalmente devido à migração de áreas anteriormente destinadas ao milho verão para a soja, que tem custos de produção mais baixos. A boa distribuição das chuvas no início do ciclo permitiu um bom estabelecimento das lavouras e, ao contrário do ano passado, o replantio foi mínimo.

Os estados de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia, São Paulo e Tocantins se destacam com o potencial de produtividade mais alto da história. Mato Grosso, por exemplo, está prestes a alcançar recordes de produtividade, com estimativas de 63 sacas por hectare. Já a Bahia tem lavouras uniformes e previsão de 67 sacas por hectare, enquanto Minas Gerais e São Paulo também registram números positivos com estimativas de 66 e 64,5 sacas por hectare, respectivamente.

No entanto, as condições climáticas ainda trazem desafios, como a estiagem e as altas temperaturas em algumas regiões, como o Rio Grande do Sul e o Mato Grosso do Sul, que impactam a produtividade das lavouras. As preocupações com o aumento da umidade durante a colheita também são apontadas como um possível desafio para a logística de armazenagem e secagem do grão.