RESUMO DA SEMANA

Saiba as projeções da soja em semana de divulgação do USDA

Enquanto o USDA mantém números estáveis para os EUA, a produção argentina sofre com a seca e a do Brasil tem aumento

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Foto: Wenderson Araujo-Trilux/CNA

A semana foi marcada pela divulgação do relatório de fevereiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que trouxe números neutros para o mercado de soja, confirmando a ampla oferta mundial e pressionando as cotações na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT).

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O USDA manteve a previsão para a safra norte-americana de soja em 4,366 bilhões de bushels (118,82 milhões de toneladas) para a temporada 2024/25, com produtividade de 50,7 bushels por acre, números que permanecem inalterados desde o mês anterior. Além disso, os estoques finais dos EUA para 2024/25 foram estimados em 380 milhões de bushels (10,34 milhões de toneladas), abaixo da expectativa do mercado.

No cenário mundial, o USDA indicou uma previsão de safra global de soja de 420,76 milhões de toneladas para 2024/25, uma redução em relação aos 424,26 milhões estimados em janeiro. Para 2023/24, a projeção de produção global foi de 394,97 milhões de toneladas. Já os estoques finais para a temporada 2024/25 estão projetados em 124,34 milhões de toneladas, também abaixo das expectativas do mercado.

Brasil e Argentina

Para o Brasil, o USDA manteve a estimativa de produção para 2023/24 em 153 milhões de toneladas, com previsão de 169 milhões para a safra 2024/25. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) também indicou uma safra recorde para o Brasil, com 166,01 milhões de toneladas na temporada 2024/25, representando um aumento de 12,4% em relação à safra anterior, mas com uma projeção conservadora. A Conab havia estimado 166,33 milhões de toneladas em seu levantamento anterior.

Por outro lado, a produção de soja na Argentina sofreu um corte devido às condições climáticas adversas. A Bolsa de Comércio de Rosário (BCR) ajustou suas previsões para a safra 2024/25, passando para 47,5 milhões de toneladas, um número inferior ao intervalo normal de 53 a 53,5 milhões de toneladas.

A previsão do USDA também foi revisada para 49 milhões de toneladas, abaixo dos 52 milhões de toneladas estimados anteriormente. Agora, a expectativa é que as chuvas, que são fundamentais para a safra, tragam pelo menos 40 mm nas próximas duas semanas.

Desafios e expectativas

O cenário atual é de grande atenção, principalmente para a soja na Argentina, onde as condições climáticas podem ainda alterar o prognóstico. Já no Brasil, a expectativa é de uma safra recorde, embora a produção esteja sendo acompanhada de perto devido a variações nas estimativas de diferentes fontes, como a Conab e o levantamento de Safras & Mercado, que aponta uma produção de 174,9 milhões de toneladas.