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RECONHECIMENTO

Saiba quem é o segundo pesquisador indicado ao Personagem Soja Brasil

Votação do prêmio máximo da soja estará no ar a partir do dia 12 de março. Até lá, os pesquisadores e produtores serão apresentados ao público

O pesquisador da Fitolab Eder Novaes Moreira está concorrendo ao Personagem Soja Brasil 23/24. O prêmio reconhece cientistas e produtores rurais que contribuíram para o desenvolvimento sustentável da principal commodity agrícola do país.

Em contato com a agricultura desde criança por meio da atuação do avô, Moreira entrou no colégio agrícola em Itapetininga, interior de São Paulo, aos 14 anos. Depois, fez graduação em engenharia agronômica em Santa Catarina.

Posteriormente, no Rio Grande do Sul, passou a trabalhar na parte de fitopatologia. Logo depois, realizou parte do doutorado em Viçosa, Minas Gerais. Após isso, concluiu a especialização e fez o pós-doutorado nos Estados Unidos.

Trabalho em Mato Grosso

Entre 2006 e 2007, Moreira se mudou para Mato Grosso para trabalhar no estado símbolo do agronegócio brasileiro.

“Fui professor durante dez anos em Sorriso. Também comecei a trabalhar na parte da pesquisa e produção, passando a entender melhor os desafios, gargalos na parte de fitopatologia e em como ajudar melhor o agricultor, trazendo ferramentas e uma visão mais prática que some ao homem do campo”.

O pesquisador conta que o grande foco de seu trabalho é a prevenção de epidemias na soja e nas demais culturas. “Trabalho com manejo integrado desde a escolha da variedade até chegar na parte do controle químico, ou seja, toda a estratégia de controle”.

Estratégias de manejo

pesquiador fitolab

Moreira lembra que, antigamente, os produtores rurais faziam o manejo de suas lavouras de forma totalmente uniforme, mas a pesquisa mostrou que essa não é a estratégia correta, já que uma variedade é diferente da outra.

“Então começamos a mostrar para o agricultor que ele tinha de trabalhar em uma variedade mais doente de forma diferente porque, do contrário, ele perderia mais. Isso porque quando ele usava a mesma estratégia de controle dentro da fazenda estava perdendo dinheiro”.

O pesquisador lembra que outro marco da carreira foi no trabalho de resistência a doenças na soja, principalmente de mancha-alvo. “O agricultor estava usando ferramentas de controle que já não tinham mais eficiência”.

Segundo ele, o produtor que não tem planejamento está sujeito a mais erros. “Já o que sabe o que e como vai plantar, os tipos de variedades, o escalonamento, é mais assertivo. O segundo passo mais importante é fazer com capricho. De nada adianta ter as melhores tecnologias se não usá-las bem”.

Para o pesquisador da Fitolab, o produtor precisa ter sempre em mente que errar custa caro e que fazer o “arroz com feijão” bem feito, ou seja, técnicas de plantio direto e escalonamento de variedades, entre outras semelhantes, são a melhor forma de obter sucesso na lavoura.

A votação do Personagem Soja Brasil estará aberta a partir do próximo dia 12.

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