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FATOS MAIS IMPORTANTES

Semana da soja é marcada por receio de perdas no RS e relatório do USDA

Situação das lavouras e estado dos armazéns são pontos de atenção. Relatório do órgão norte-americano projetou safra brasileira acima da esperada pelo mercado

Soja
Foto: CNA

A tragédia climática que atinge o Rio Grande do Sul não poupou a produção agrícola do estado. As inundações devem trazer redução na produção de soja do estado e, consequentemente, do Brasil.

Na avaliação do analista e consultor de Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez Roque, ainda é um pouco cedo “para termos um número assertivo, mas certamente a gente vai reduzir nossa estimativa para a safra”.

Conforme o analista, cerca de 25% das lavouras gaúchas ainda não foram colhidas. São cerca de 5 milhões de toneladas que podem estar vulneráveis. “Não quer dizer que a gente já perdeu esse volume, mas ele está em risco”, explica.

Soja armazenada

Outro problema é que algumas áreas onde a soja já foi colhida e estava armazenada também foram inundadas. “A gente recebeu imagens de silos inundados e isto também precisa ser avaliado”, relata o consultor, acrescentando que podem ser necessárias algumas semanas para entender o tamanho do estrago.

Com o corte esperado na safra gaúcha, o recorde de 22,7 milhões de toneladas estimadas anteriormente por Safras e Mercado não vai ser alcançado. “Lamentavelmente, meu sentimento é que devemos cortar de 2 a 3 milhões de toneladas no Rio Grande do Sul”, acredita Gutierrez Roque.

Produção já garantida

Foto: Wenderson Araujo/Trilux

Mesmo com as perdas no Rio Grande do Sul, o consultor lembra que 75% da safra gaúcha de soja já tinha sido colhida e com bons rendimentos. “A gente tem uma boa parte de produção já
garantida”, frisa.

“A não ser que muitos mais silos tenham sido afetados, a safra gaúcha será maior que o ano passado”, completa.

Relatório Emater

O Informativo Conjuntural da Emater-RS, divulgado nesta quinta-feira (9), aponta que as perdas de produção serão elevadas, podendo atingir até 100% das áreas remanescentes.

“Algumas infraestruturas de armazenagem de grãos também foram danificadas, o que pode afetar a produção colhida anteriormente. A colheita foi suspensa, durante todos os dias, na maior parte do estado. Contudo, nas regiões Noroeste e Campanha, onde as precipitações iniciaram em 1 de maio, a operação pôde ser realizada entre os dias de 29 e 30 de abril, mas, de maneira precária, pois os grãos estavam excepcionalmente úmidos”, aponta o documento.

O Informativo também traz o detalhamento da soja nos principais municípios afetados. Confira aqui.

Relatório USDA

O relatório de maio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado nesta sexta-feira (10), projetou safra mundial de soja em 2024/25 de 422,26 milhões de toneladas. Para 2023/24, a previsão é de 396,95 milhões de toneladas.

Para a produção brasileira, o USDA reduziu a estimativa de produção para 154 milhões de toneladas, contra 155 milhões do relatório anterior e 152,6 milhões da previsão do mercado. A primeira estimativa para 2024/25 é de 169 milhões de toneladas.

Já para a Argentina, a previsão para 2023/24 foi mantida em 50 milhões de toneladas, contra expectativa de 49,5 milhões do mercado. Para 2024/25, a projeção inicial é de 51 milhões de
toneladas.

As importações chinesas em 2023/24 foram mantidas em 105 milhões de toneladas. Para o próximo ciclo da soja, a previsão é de um número subindo para 109 milhões de toneladas.

Comercialização de soja

Foto: Daniel Popov/Canal Rural

A comercialização da safra 2023/24 de soja do Brasil envolve 50,7% da produção projetada, conforme relatório de Safras & Mercado, com dados recolhidos até 6 de maio. No relatório
anterior, com reportes de 5 de abril, o número era de 41,4%.

Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 51% e a média de cinco anos para o período é de 64,8%. Levando-se em conta uma safra estimada em 151,25 milhões de toneladas, o total de grãos já negociado é de 76,645 milhões de toneladas.

A respeito da venda futura, a consultoria aponta que atinja 5,9%. Em igual período do ano passado, a comercialização antecipada era de 6% e a média para o período é de 14,9%.

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