Os preços da soja caíram quase 8% em fevereiro em comparação a janeiro, de acordo com relatório do Rabobank. Contudo, o início do mês de março tem mostrado uma tendência de reversão, ainda que momentânea.
Confira quatro fatores que, na visão da plataforma Grão Direto, podem mostrar que os preços de Chicago e do mercado físico podem ser positivos durante esta semana:
- Retorno das chuvas: de acordo com os mapas meteorológicos, esta semana haverá o retorno das chuvas em praticamente todas as regiões do Brasil. Entretanto, a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para o mês de março indica uma tendência de precipitações abaixo da média em grande parte das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul.
- Avanço da colheita: segundo o levantamento realizado pela Grão Direto com seus usuários (termômetro de mercado), pelo menos 50% dos entrevistados indicaram que ainda não iniciaram a colheita da soja, enquanto apenas uma média de 21% afirmou ter colhido mais da metade de sua produção. Os números refletem a dificuldade enfrentada no plantio das lavouras, em que grande parte teve que ser replantada e consequentemente influenciando no período de colheita, que acaba por ter um ritmo mais lento com chuvas pontuais.
- Exportações brasileiras: conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil já exportou cerca de 5 milhões de toneladas de soja até o momento, o que se aproxima dos números totais de fevereiro do ano passado. Se esse ritmo persistir, o país poderá alcançar índices superiores a 6 milhões de toneladas, representando um aumento de aproximadamente 20%.
- Bolsa de Chicago: após 10 semanas de queda, as cotações de Chicago fecharam a semana no campo positivo. A parte vendedora ainda continua relutante em negociar nos preços praticados, tanto no mercado interno, quanto na exportação. No entanto, espera-se que o ritmo de colheita se intensifique neste mês, o que pode continuar a pressionar as cotações devido à oferta que será injetada no mercado.
Desta forma, considerando os dados acima, é possível que as cotações de Chicago tenham um desempenho positivo, o que poderá impactar o mercado físico. Dessa forma, é esperada uma continuidade na recuperação dos preços da soja ao longo da semana.