Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

MERCADO

Semana da soja será positiva em Chicago? Plataforma avalia tendências

Tragédia do Rio Grande do Sul e decisão do governo argentino entram na equação que definirá os patamares do grão nos próximos dias

reforma tributária soja dinheiro Plano Safra
Foto: Pixabay

Na semana passada, o contrato de soja para maio de 2024 em Chicago encerrou a U$ 12,02 o bushel, alta de 3,71% ante o período anterior.

Com isso, o movimento internacional positivo foi replicado no mercado físico brasileiro, mesmo com o recuo do dólar para R$ 5,07 (-0,98%). O contrato com vencimento em julho de 2024 seguiu a mesma tendência e encerrou a U$ 12,16 o bushel (+3,31%).

Agora veja o que esperar do mercado da soja nesta semana, conforme análise da plataforma Grão Direto:

Problemas no Rio Grande do Sul: o estado atravessa um de seus piores momentos da história, com as fortes chuvas que causaram enchentes e rompimento de barragens. Até a última semana, a colheita de soja no estado estava em cerca de 76%, conforme a Emater-RS.

Isso significa que ainda existe 1,6 milhão de hectares da oleaginosa no campo. Pelo potencial produtivo da área, até cinco milhões de toneladas do grão podem estar em risco. Para a Grão Direto, a redução será em torno de 1,5 milhões de toneladas.

– Relações internacionais: a China deixou o posto de segunda maior parceira comercial dos argentinos. Por desalinhamento ideológico, o presidente Javier Milei permitiu certo esfriamento das relações comerciais entre os países. Foi uma redução geral, mas que tem impacto certo sobre commodities como o farelo de soja.

A Argentina é a maior esmagadora do mundo e peça forte no abastecimento chinês. Para o Brasil, a decisão do país vizinho é importante, já que o gigante asiático pode direcionar suas compras para o país, fortalecendo o basis em regiões com indústrias esmagadoras.

Relatório USDA: na próxima sexta-feira (10) será divulgado novo relatório de oferta e demanda pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Nele, serão reportados os primeiros números da safra norte-americana 2024/25, que devem vir em consonância com as projeções iniciais.

Ademais, ainda poderão surgir ajustes na safra brasileira, porém, sem expectativa de mudanças significativas. “A oferta e demanda também poderão sofrer pequenos ajustes, diante da continuidade da baixa demanda”, avalia a Grão Direto.

Taxa Selic: na próxima quarta-feira (8) o Copom definirá a taxa de juros brasileira, que hoje está em 10,75% ao ano. O mercado, que esperava por um corte de 0,5 pontos percentuais – seguindo a tendência das últimas reuniões – agora se posiciona para um corte de 0,25 pontos.

Essa mudança se fundamenta nas expectativas sobre a inflação no país. Apesar disso, o consenso é de consolidação de mais um corte.

Para resumir as tendências para esta semana, é preciso entender o papel do dólar no cenário atual. De acordo com a Grão Direto, apesar de ter recuado consistentemente nos últimos dias, o momento é delicado.

Ruídos têm pressionado o câmbio para movimentos repentinos de alta, que podem se tornar oportunidades de negócio. Mesmo com o recuo da moeda norte-americana, o contrapeso da alta sazonal da soja na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) levou o mercado a fechar no positivo, reforçado pelas incertezas climáticas.

“Portanto, nesse mesmo ritmo, o mercado poderá fechar mais uma semana positiva“, analisa a plataforma.

Sair da versão mobile