A situação da safra da soja de verão no Rio Grande do Sul começa a preocupar produtores, especialmente na região central do estado, onde as condições climáticas têm gerado dificuldades. A falta de chuvas regulares tem afetado diretamente as lavouras do grão, com algumas áreas mais prejudicadas do que outras.
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Embora ainda seja prematuro prever perdas, já é possível observar problemas em algumas lavouras, especialmente nas áreas mais afetadas pela falta de chuva. As chuvas que ocorreram no final de 2024 não foram suficientes para equilibrar a situação, o que tem gerado preocupação entre os produtores. A situação só poderá ser mais bem avaliada após novas precipitações, que, de acordo com especialistas, ainda são necessárias para que seja possível calcular a produtividade real da safra e ter uma estimativa mais precisa sobre os impactos climáticos.
Para as lavouras de soja, as previsões indicam a possibilidade de chuvas nos próximos dias, porém em volumes limitados. O Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA) prevê precipitações a partir de 11 de janeiro, mas os volumes são reduzidos para a região norte do estado e as chuvas mais escassas deverão atingir a região central nos dias 17, 18, 20 e 21 de janeiro. Embora essas chuvas possam trazer algum alívio, ainda assim não são suficientes para resolver a escassez hídrica que tem afetado a soja, especialmente em áreas mais críticas.
Em relação ao milho, que ocupa uma área menor na safra de verão, o desenvolvimento da cultura já se encontra em fase final, mas a falta de água tem refletido de maneira importante na qualidade e no peso final dos grãos. Embora o impacto total só possa ser mensurado com precisão após a colheita, já é possível notar uma redução no potencial produtivo. A irrigação, que já estava no limite, pode ajudar a salvar uma parte da produção, mas, infelizmente, os danos ao cereal são inevitáveis, o que gera uma previsão de queda na produtividade, especialmente nas áreas mais vulneráveis.