O mercado brasileiro de soja perdeu força nesta terça-feira (7). Os preços caíram, acompanhando a retração de Chicago e do dólar.
Conforme analistas de Safras & Mercado, há muita disparidade entre as pedidas de compradores e vendedores. Os produtores seguem esperando por melhores preços, mas as ofertas de compra são baixas.
Veja os preços da saca de 60kg
- Passo Fundo (RS): caiu de R$ 145 para R$ 144
- Região das Missões: recuou de R$ 143 para R$ 142
- Porto de Rio Grande: diminuiu de R$ 154 para R$ 153
- Cascavel (PR): seguiu em R$ 135
- Porto de Paranaguá (PR): estabilizou em R$ 145
- Rondonópolis (MT): baixou de R$ 128 para R$ 127,50
- Dourados (MS): seguiu em R$ 126
- Rio Verde (GO): passou de R$ 128,50 para R$ 128
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços em baixa, em dia marcado pela volatilidade.
Após cinco sessões seguidas de ganhos, os agentes optaram por realizar lucros e buscar um melhor posicionamento frente ao relatório de quinta do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Mas a retração foi limitada pelos sinais de boa demanda pela soja norte-americana – hoje a China comprou mais 110 mil toneladas dos exportadores privados – e pelas preocupações com o atraso no
plantio no Brasil, em meio ao clima irregular nas regiões produtoras.
O Departamento deverá reduzir a sua estimativa para a safra norte-americana de soja em 2023/24, no relatório de novembro. Os números serão divulgados na quinta (9), às 14h. Os estoques finais deverão ser elevados.
Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques norte-americanos de 221 milhões de bushels em 2023/24. Em outubro, a previsão ficou em 220 milhões de bushels.
A safra norte-americana deverá ser indicada em 4,098 bilhões de bushels para 2023/24 (111,72 milhões de toneladas de soja), contra 4,104 bilhões apontados em outubro. No ano passado, a safra ficou em 4,270 bilhões.
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2022/23 de 102 milhões de toneladas, contra 101,9 milhões indicados em outubro. Para 2023/24, a
estimativa do mercado é de 115,6 milhões, o mesmo número do relatório anterior.
Contratos futuros
Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro fecharam com baixa de 2,00 centavos ou 0,14% a US$ 13,62 por bushel. A posição março teve cotação de US$ 13,74 por bushel, perda de 4,50 centavos de dólar, ou 0,32%, na comparação com o dia anterior.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 9,90 ou 2,26% a US$ 447,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 49,49 centavos de dólar, com baixa de 1,31 centavo ou 2,57%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,28%, sendo negociado a R$ 4,8730 para venda e a R$ 4,8709 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,8586 e a máxima de R$ 4,9074.