Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam essa terça-feira (30) com preços significativamente mais baixos para o grão e o óleo. O farelo, por outro lado, subiu.
O mercado, que já vinha apresentando perdas significativas desde o início da manhã, devido ao clima favorável ao plantio nos Estados Unidos, acentuou a queda ao longo da sessão devido à menor demanda pela oleaginosa norte-americana.
A China, principal compradora global, tem suas atenções voltadas à safra brasileira.
Desta forma, os contratos da soja em grão com entrega em julho de 2023 fecharam com baixa de 40,75 centavos de dólar por bushel ou 3,04% a US$ 40,75 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 12,19 1/2 por bushel, com recuo de 41,50 centavos ou 3,29%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com queda de US$ 9,60 ou 2,38% a US$ 392,60 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 46,20 centavos de dólar, recuo de 2,62 centavos ou 5,36%.
O que levou à queda?
Pesaram negativamente na queda dos contratos da CBOT a derrocada do petróleo e do vizinho trigo. Além disso, sinais de desaceleração da economia chinesa e dúvidas sobre o teto da dívida nos Estados Unidos completaram o quadro baixista.
Para o óleo de soja, a queda forte dos preços do óleo de colza na Europa, puxada pela ampla oferta de biodiesel da China, também apareceu como fator negativo aos preços.
Segundo o analista de mercado da Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez Roque, a queda acentuada já era esperada por conta da melhora do clima nos Estados Unidos. “Volatilidade é normal nesse período de mercado climático, mas hoje o movimento foi acentuado pelo lado financeiro mais nervoso”, constata.
Inspeções de exportação norte-americana
As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 239.736 toneladas na semana encerrada no dia 25 de maio, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
O mercado esperava 250 mil toneladas. Na semana anterior, as inspeções de exportação de soja haviam atingido 166.590 toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado fora de 404.350 toneladas.