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FECHAMENTO DE MERCADO

Soja: Chicago recua à espera de relatório do USDA e Brasil reage

Instabilidade do mercado levou os produtores a ficaram retraídos, negociando "da mão para a boca", ou seja, sem contrato formal escrito

soja
Foto: Daniel Popov/ Canal Rural

O mercado brasileiro de soja registrou negócios pontuais em volumes limitados nesta terça-feira (26). Os agentes estiveram mais cautelosos.

Os preços recuaram em Chicago e o dólar teve leve alta. Com os prêmios praticamente estáveis, os preços no mercado físico brasileiro tiveram novas quedas. Assim, os produtores ficaram retraídos hoje, negociando “da mão para a boca”, ou seja, sem contrato formal escrito.

  • Passo Fundo (RS): seguiu em R$ 120
  • Região das Missões: se manteve em R$ 119
  • Porto de Rio Grande: baixou de R$ 127,50 para R$ 127
  • Cascavel (PR): desvalorizou de R$ 120 para R$ 117
  • Porto de Paranaguá (PR): decresceu de R$ 127 para R$ 126
  • Rondonópolis (MT): permaneceu em R$ 112
  • Dourados (MS): estabilizou em R$ 112
  • Rio Verde (GO): estabilizou em R$ 109

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços mais baixos.

Os agentes seguiram buscando um melhor posicionamento frente ao relatório de intenção de plantio, que será divulgado na quinta (28), pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

O cenário fundamental, combinando ampla oferta sul-americana e fraca demanda chinesa por soja norte-americana, e vendas técnicas ajudaram no movimento de correção de hoje.

O Departamento deverá apontar elevação na área a ser plantada com soja naquele país em 2024 na comparação com o ano anterior. A previsão deverá indicar área menor que a estimativa divulgada em fevereiro, durante o Fórum Anual do Departamento.

Pesquisa realizada pela agência Dow Jones indica que o mercado está apostando em número de 86,3 milhões de acres. No ano passado, os americanos semearam 83,6 milhões de acres. A média das projeções oscila entre 84,3 milhões e 88 milhões de acres.

Se a expectativa do mercado for confirmada, o USDA vai indicar um número inferior aos 87,5 milhões de acres indicados durante o Fórum. A área de soja deverá ficar abaixo da de milho,
projetada em 92,03 milhões de acres, contra 94,64 milhões do ano anterior.

Também na quinta será divulgado o relatório com a posição dos estoques americanos em 1º de março. O mercado espera estoques em 1,832 bilhão de bushels. Em igual período do ano passado, o número era de 1,687 bilhão. Em dezembro, os estoques estavam em 3 bilhões de bushels.

Contratos futuros

Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com alta de 10,25 centavos de dólar, ou 0,84%, a US$ 11,99 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 12,12 1/2 por bushel, com perda de 9,25 centavos ou 0,75%.

Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com baixa de US$ 1,90 ou 0,55% a US$ 339,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 48,42 centavos de dólar, com baixa de 0,60 centavo ou 1,22%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,18%, sendo negociado a R$ 4,9829 para venda e a R$ 4,9809 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,9654 e a máxima de R$ 4,9941.

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