MERCADO

Soja: com Chicago em queda, preços no Brasil não param de cair

Os contratos do grão com entrega em agosto fecharam com baixa de 27,00 centavos de dólar, ou 2,44%, a US$ 10,78 por bushel

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Fechamento da soja. Foto: Daniel Popov/ Canal Rural

O mercado brasileiro de soja esteve travado nesta segunda-feira (15). Foram poucas ofertas no dia. Segundo a Safras Consultoria, os produtores estão assustados, pois os preços não param de cair.

Com a derrocada das cotações em Chicago, nem mesmo eventuais altas do dólar são capazes de valorizar a oleaginosa brasileira.

Veja os preços da soja

  • Passo Fundo (RS): baixou de R$ 130 para R$ 127
  • Região das Missões: caiu de R$ 129 para R$ 126
  • Porto de Rio Grande: recuou de R$ 135 para R$ 132
  • Cascavel (PR): desvalorizou de R$ 127 para R$ 122,50
  • Porto de Paranaguá (PR): decresceu de R$ 136 para R$ 132
  • Rondonópolis (MT): foi de R$ 123 para R$ 120
  • Dourados (MS): diminuiu de R$ 118 para R$ 117
  • Rio Verde (GO): baixou de R$ 119 para R$ 116

Contratos futuros

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Foto: Reprodução

Os contratos da soja em grão com entrega em agosto fecharam com baixa de 27,00 centavos de dólar, ou 2,44%, a US$ 10,78 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 10,40 por bushel, com perda de 25,25 centavos ou 2,37%.

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 5,80 ou 1,84% a US$ 308,30 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 44,91 centavos de dólar, com baixa de 0,68 centavo ou 1,49%.

Em termos de fundamentos, o mercado foi pressionado pela expectativa de ampla oferta mundial – ainda refletindo o relatório de julho do USDA – e pelo clima favorável ao desenvolvimento das lavouras norte-americanas (68% entre boas e excelentes condições).

Influência de Trump nas commodities

Após o atentado do final de semana, o candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, consolidou seu favoritismo e renovou algumas preocupações do mercado. Para os grãos, uma possível eleição de Donald Trump tem impacto no mercado por dois lados.

O primeiro deles, com efeitos a longo prazo, é a lembrança da guerra comercial imposta por ele à China em seu primeiro mandato. Os agentes temem que a demanda chinesa pelas commodities norte-americanas mingue, com os chineses ampliando compras nos países concorrentes. No caso da soja, Brasil e Argentina.

Há também o impacto no mercado financeiro. A política de Trump indicaria menor taxação às empresas do país. O mercado teme que isso resulte em maior déficit fiscal, com dólar valorizado e taxas de juros mais altas por mais tempo para controlar um possível impacto inflacionário.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em baixa de 0,28%, sendo negociado a R$ 5,4456 para venda e a R$ 5,4436 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,4303 e a máxima de R$ 5,4772.