Os produtores brasileiros de soja devem destinar uma área de 42,89 milhões de hectares para o cultivo do grão nesta temporada, de acordo com o 1º Levantamento da Safra de Grãos 2022/23, divulgado nesta quinta-feira (6), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Assim, as lavouras voltadas ao cultivo da oleaginosa superam em 3,4% o espaço dedicado à commodity no ciclo 21/22. A entidade sinaliza que a semeadura ocorre dentro da janela nos principais estados produtores e chega a 4,6% da área.
Os maiores índices de plantio são registrados nos seguintes estados:
- Paraná (9%)
- Mato Grosso (8,9%)
- Mato Grosso do Sul (6%)
Produção brasileira de soja
Com o avanço da área, a estimativa da Conab para a produção de soja é de 152,4 milhões de toneladas, em linha com o apontado pelas principais consultorias do país. O número representa um aumento de 21,4% ante ao ciclo 21/22, quando as projeções finais dão conta de uma produção de 125,5 milhões de toneladas.
A Companhia também fez estimativas de exportações do grão em 2023, indicando 95,87 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 22,5% em relação ao projetado para 2022.
“Este acréscimo é motivado por uma maior oferta brasileira do grão na safra 2022/23, aliado a uma elevação na demanda mundial e a uma previsão de redução das exportações dos Estados Unidos”, reforça o superintendente de estudos de mercado e gestão da oferta da Conab, Allan Silveira.
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Todavia, para o óleo, a perspectiva é de diminuição dos embarques (de 2,1 milhões de toneladas em 2022 para 1,8 milhão de toneladas no próximo ano), dada a expectativa de maior produção de biodiesel e de que a Argentina retorne com mais força ao mercado exportador de óleo de soja em 2023.
Com relação aos estoques finais, as primeiras projeções da Conab para a safra 2022/23 apontam incremento de 45%. No que se refere ao consumo interno, o levantamento aponta um aumento no consumo de soja de 5%.
Produção mundial
A produção mundial de soja em 2022/23 deverá totalizar 390,4 milhões de toneladas, conforme o relatório de outubro do Sistema de Informação do Mercado Agrícola (AMIS), órgão do G-20 para divulgar dados de oferta e demanda das principais commodities globais. No ano anterior, a produção foi de 353,1 milhões.
Em setembro, quando da divulgação do mais recente número, a previsão era de 390 milhões de toneladas. A revisão ligeiramente para cima na previsão foi determinada pelo aumento nas previsões do Brasil e da Ucrânia, compensando a queda na estimativa para a produção norte-americana.
Já o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indica produção global de 389,8 milhões. Por sua vez, o Conselho Internacional de Grãos projeta safra de 386,7 milhões de toneladas.
