O mercado brasileiro de soja teve boas oportunidades de negócios nesta segunda-feira (11), com os preços nos portos chegando a R$ 150,00 por saca, impulsionados pela volatilidade de Chicago e pela valorização do dólar. Durante a manhã, os compradores estavam mais agressivos, favorecendo transações com pagamento para o final de dezembro.
Segundo a Safras & Mercado, no entanto, à medida que os preços em Chicago reverteram, as ofertas se estabilizaram e os vendedores ficaram mais cautelosos.
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Preços da commodity
- Passo Fundo (RS): R$ 137,00/saca
- Região das Missões (RS): R$ 136,00/saca
- Porto de Rio Grande (RS): caiu de R$ 145,50 para R$ 145,00/saca
- Cascavel (PR): R$ 141,00/saca
- Porto de Paranaguá (PR): R$ 147,00/saca
- Rondonópolis (MT): subiu de R$ 154,00 para R$ 156,00/saca
- Dourados (MS): subiu de R$ 143,00 para R$ 144,00/saca
- Rio Verde (GO): R$ 138,00/saca
Chicago
O mercado de soja em Chicago, que é uma das referências globais para os preços da oleaginosa, fechou a segunda-feira em baixa. A queda foi influenciada por fatores como a desvalorização do petróleo e a alta do dólar frente a outras moedas. Além disso, o mercado também reavaliou os números do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre a safra de soja.
USDA
De acordo com o relatório mais recente do USDA, a produção de soja dos EUA em 2024/25 deve totalizar 4,461 bilhões de bushels (121,4 milhões de toneladas), abaixo da estimativa anterior de 4,553 bilhões de bushels (123,9 milhões de toneladas). No entanto, o mercado ainda observa uma oferta elevada da oleaginosa por parte dos EUA, o que mantém as pressões sobre os preços.
Os estoques finais de soja nos EUA também foram revisados para baixo, ficando em 470 milhões de bushels (12,8 milhões de toneladas), abaixo dos 535 milhões de bushels (14,56 milhões de toneladas) previstos anteriormente.
Em relação à safra mundial, o USDA ajustou sua previsão para 425,4 milhões de toneladas em 2024/25, uma redução em relação ao número de 428,9 milhões de toneladas estimadas em outubro.
Câmbio
O dólar comercial também teve alta de 0,59%, fechando a R$ 5,7698 para venda e R$ 5,7679 para compra. Durante o dia, a moeda americana oscilou entre a mínima de R$ 5,7628 e a máxima de R$ 5,8165. A valorização do dólar frente ao real favorece os preços da soja no Brasil, já que a oleaginosa fica mais competitiva no mercado internacional.
Contratos futuros da soja
Na Bolsa de Chicago, os contratos futuros da soja com vencimento em janeiro fecharam com uma baixa de 8,00 centavos de dólar, ou 0,77%, cotados a US$ 10,22 1/4 por bushel. A posição de março teve perda de 8,25 centavos, ou 0,79%, fechando a US$ 10,35 1/4 por bushel.
Nos subprodutos, o farelo de soja com vencimento em dezembro caiu US$ 1,10, ou 0,37%, fechando a US$ 295,10 por tonelada. O óleo de soja, também com vencimento em dezembro, teve uma baixa de 0,63 centavo, ou 1,29%, fechando a 48,14 centavos de dólar.