Com Chicago subindo forte e o dólar recuando na mesma proporção, o mercado brasileiro de soja teve um dia calmo em termos de negócios. Os agentes encontram dificuldades para formar preços, que tiveram comportamento regionalizado e encerraram em patamares nominais.
O foco segue nas lavouras. A previsão climática indica continuidade da estiagem na região Sul, onde os produtores seguem calculando os prejuízos no potencial produtivo, e chuvas intensas no Sudeste e Centro-Oeste, atrasando os trabalhos de colheita.
– Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos subiu de R$ 191,00 para R$ 195,00
– Região das Missões: a cotação passou de R$ 189,00 para R$ 194,00
– Porto de Rio Grande: o preço permaneceu em R$ 192,00
– Cascavel (PR): o preço recuou de R$ 182,00 para R$ 181,00 a saca
– Porto de Paranaguá (PR): a saca baixou de R$ 187,00 para R$ 186,00
– Rondonópolis (MT): a saca seguiu em R$ 170,00
– Dourados (MS): a cotação aumentou de R$ 170,00 para R$ 172,00
– Rio Verde (GO): a saca subiu de R$ 171,00 para R$ 172,00
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços em forte alta, ampliando os ganhos acumulados em janeiro. Durante a sessão, o mercado se aproximou dos maiores patamares desde junho de 2014.
As cotações seguem sendo impulsionadas pelas preocupações com o tamanho da safra sul-americana. A estiagem segue castigando as lavouras de boa parte da região. E as previsões indicam que as chuvas deverão permanecer raras nesta e na próxima semana no sul do Brasil.
A demanda segue firme, com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicando a venda de mais 129 mil toneladas por parte de exportadores privados para a China.
As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 1.411.411 toneladas na semana encerrada no dia 31 de janeiro, conforme relatório semanal do USDA. O mercado esperava o número em 1,125 milhão de toneladas.
O mês de janeiro apontou valorização de 11,3% na posição março, diante da perspectiva de encurtamento da oferta global e dos sinais firmes de demanda.
Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com alta de 20,50 centavos de dólar por bushel ou 1,39% a US$ 14,90 1/2 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 14,95 1/4 por bushel, com ganho de 20,00 centavos ou 1,35%.
Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com alta de US$ 6,50 ou 1,87% a US$ 418,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 64,82 centavos de dólar, com baixa de 0,45 centavo ou 0,68%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em baixa de 1,53%, sendo negociado a R$ 5,3070 para venda e a R$ 5,3050 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,2846 e a máxima de R$ 5,4311. No mês, o dólar acumulou queda de 4,82% ante o real.