O plantio da soja no Brasil está atrasado e a Bolsa de Mercadorias de Chicago observa essa situação. O consultor Luiz Fernando Gutierrez Roque, da Safras & Mercado, comentou durante o 8º Safras Agri Week que “o atraso é maior em Mato Grosso”, mas também ocorre em Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais. Apesar disso, ele acredita que ainda é cedo para falar em problemas de produtividade.
Quanto ao mercado interno, a expectativa é de preços firmes até o final do ano. “Os prêmios mais altos sustentam as cotações”, comenta o analista, acrescentando que tanto o dólar quanto os preços em Chicago têm contribuído. “As demandas de exportação e de esmagamento devem resultar em estoques limitados no país”, antecipa.
A longo prazo, tudo dependerá do tamanho da safra brasileira. “Hoje, o cenário é desfavorável para o início de 2025”, pondera Gutierrez Roque. Se a safra brasileira for robusta, há risco de uma queda acentuada nos preços internos.
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Bolsa de Chicago
Para a Bolsa de Mercadorias de Chicago, há espaço para uma correção para baixo. “Nos últimos 15 ou 16 dias, a alta acumulada é de 10%”, informa o analista e consultor Rafael Silveira. “Isto pode levar a um movimento corretivo”, justifica. Se confirmado, o grão pode voltar a US$ 10,00 por bushel para o contrato de novembro de 2024. “Após atingir este patamar, a bolsa deve trabalhar mais lateralizada”, aposta.
Para os subprodutos, o outro analista e consultor de Safras & Mercado, Gabriel Viana, prevê um final de ano complexo para o farelo e o óleo. “Não se deve deixar para adquirir na última hora, pois a oferta será apertada”, conclui.