O mercado brasileiro de soja teve bom movimento nesta sexta-feira (8), com várias regiões apresentando bons níveis de venda. Os preços subiram no mercado físico.
Os pagamentos no curto prazo chamam a atenção dos produtores. A oferta para exportação
está aumentando, o que gerou boas vendas nos portos.
A valorização do dia foi puxada pelo dólar e por Chicago. Segundo analistas de Safras & Mercado, hoje mais de 500 mil toneladas foram negociadas. Na semana, mais de 1 milhão de toneladas. O mercado parece estar mais aquecido, com a indústria também participando.
Veja os preços da saca de soja
- Passo Fundo (RS): subiu de R$ 117 para R$ 120
- Região das Missões: aumentou de R$ 116 para R$ 119
- Porto de Rio Grande: cresceu de R$ 122 para R$ 125
- Cascavel (PR): valorizou de R$ 113,50 para R$ 116
- Porto de Paranaguá (PR): foi de R$ 121,50 para R$ 124
- Rondonópolis (MT): passou de R$ 107 para R$ 109
- Dourados (MS): incrementou de R$ 105 para R$ 108
- Rio Verde (GO): elevou de R$ 105 para R$ 106
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços mais altos. O mercado operou em compasso de espera até o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Os dados foram considerados neutros para o mercado, mas após a sua divulgação um movimento de compras técnicas colocou as cotações nas máximas do dia.
O balanço da semana foi positivo, com o contrato maio subindo mais de 2,8%, mesmo com um cenário fundamental negativo.
Relatório USDA
O relatório indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,165 bilhões de bushels em 2023/24, o equivalente a 113,35 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 50,6 bushels por acre. Os números foram mantidos na comparação com fevereiro.
Os estoques finais estão projetados em 315 milhões de bushels ou 8,57 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 319 milhões de bushels ou 8,68 milhões de toneladas. Não houve alteração na comparação com o relatório anterior.
O USDA repetiu a estimativa para o esmagamento em 2,3 bilhões de bushels. A exportação teve sua estimativa mantida em 1,72 bilhão de bushels.
O Departamento projetou safra mundial de soja em 2023/24 de 396,85 milhões de toneladas. Em fevereiro, a previsão era de 398,21 milhões. Os estoques finais foram reduzidos de 116 milhões para 114,3 milhões de toneladas. O mercado esperava um número de 114,5 milhões de toneladas.
A projeção do USDA aposta em safra americana ficou em 113,3 milhões de toneladas, mesmo número do relatório anterior.
A safra brasileira foi projetada em 155 milhões de toneladas, com corte de 1 milhão de toneladas sobre a estimativa anterior.
Para a Argentina, a previsão é de produção de 50 milhões de toneladas, sem alteração. O mercado esperava número de 152,5 milhões para o Brasil e de 50,2 milhões para a Argentina.
A China deverá importar 105 milhões de toneladas. Em fevereiro, a previsão era de 102 milhões de toneladas.
Contratos futuros
Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com alta de 17,75 centavos de dólar, ou 1,52%, a US$ 11,84 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 11,95 1/2 por bushel, com ganho de 19,50 centavos ou 1,65%.
Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com alta de US$ 7,00 ou 2,09% a US$ 341,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 46,17 centavos de dólar, com baixa de 0,18 centavo ou 0,38%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,96%, sendo negociado a R$ 4,9811 para venda e a R$ 4,9791 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,9516 e a máxima de R$ 4,9916. Na semana, a moeda teve valorização de 0,55%.