A chuva deu uma trégua na semana passada no Rio Grande do Sul e, assim, os produtores conseguiram avançar com o plantio da soja, chegando a 50% da área, estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 6.673,1 milhões de hectares.
Ainda assim, os trabalhos estão atrasados em relação ao mesmo período da temporada 2022/23, quando 70% do espaço destinado à cultura estava semeado.
De acordo com o boletim semanal da Emater-RS, o ritmo mais lento traz germinação desigual, o que pode comprometer a produtividade da soja. Além disso, em algumas regiões ocorreram doenças de solo, como o dumping off, que é o tombamento e morte das mudas por apodrecimento, o que demanda replantio.
Plantio da soja no Matopiba
O plantio da safra 23/24 avançou no Piauí. De acordo com a Associação dos Produtores de Soja do estado (Aprosoja-PI), 60% da área, projetada em 1,070 milhão de hectares, foi semeada pro. No entanto, neste momento as operações estão paradas à espera de chuva.
No oeste da Bahia – responsável por 99% da produção de soja do estado – o avanço dos trabalhos foi maior, mesmo com a restrição hídrica dos últimos dias. Dos 2 milhões de hectares destinados à soja, aproximadamente 75% já estão instalados.
De acordo com a Associação de Produtores e Irrigantes da Bahia (Aiba), a taxa de replantio na região está entre 12% e 15%. Apesar de maiores perdas não terem sido registradas, a má distribuição da chuva tem deixado algumas áreas vulneráveis.
Já em Mato Grosso, onde a área de soja se estende por 12,2 milhões de hectares, o plantio avança em 99,58%, conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). De acordo com o órgão, por enquanto apenas 4% do espaço destinado à oleaginosa precisará de replantio, o equivalente a 500 mil hectares.