Assim como Rio Grande do Sul e Santa Catarina, o estado do Paraná tem sofrido com a falta de chuva. Mesmo assim, o sojicultor do estado praticamente finalizou a semeadura, ainda que se especule a respeito da necessidade de replantio em certas áreas por conta da falta de umidade.
O presidente do Sindicato Rural de Ponta Grossa (PR), Gustavo Ribas Neto, ainda acrescenta outros desafios vividos pelo produtor nesta temporada e o que estão por vir na 22/23. “A grande preocupação é a próxima safra. Quanto à atual, acredito que esteja de 30% a 35% mais cara do que a anterior. Então aqueles que falam que o produtor está ganhando muito, já tiraram do produtor, foi para a mão de outros essa margem”, considera.
Segundo ele, o que aflige o sojicultor é a questão dos fertilizantes, visto que o Brasil teve problemas com a Rússia e o Canadá neste sentido. “Isso fez com que muitos dissessem que era preciso comprar adiantado o adubo a qualquer custo, que ‘era melhor comprar produto caro do que não ter produto’. Isso eu acho que vai se equalizar, mas o Brasil tem de estar atento porque precisamos ter alternativas. O Brasil tem muita fonte dos fertilizantes. Nós temos o NPK aqui no Brasil e precisamos explorar, assim como o pó de pedra e os biofertilizantes […]”, destaca Ribas Neto.