O plantio da soja atinge agora 99% da área no Rio Grande do Sul, informa o levantamento da Emater-RS. Segundo a entidade, a semana teve chuvas que favoreceram as lavouras de algumas regiões, entretanto faltou água para outras.
“As precipitações de volumes variados ocorridas na semana contribuíram para o avanço do plantio no Rio Grande do Sul, que já chega a 99%, e favoreceram o desenvolvimento da cultura”, diz a Emater.
Confira a situação em várias regiões:
Bagé
Segundo a entidade, a semeadura evoluiu e na maioria dos municípios a operação foi finalizada, restando pequenas áreas a serem implantadas. A Emater ainda destaca que “a presença de chuvas em várias localidades têm assegurado condições satisfatórias para o desenvolvimento das lavouras.”
Segundo o levantamento, há lavouras com cultivos com entrelinhas fechadas e porte adequado até áreas com baixo porte e já emitindo as primeiras flores.
“Tal situação gera apreensão, mas deverá ser reestabelecida com a manutenção de chuvas periódicas, pois a maior parte das cultivares utilizadas têm hábito de crescimento indeterminado, sendo que o crescimento vegetativo continua mesmo após o início da floração. A aplicação de fertilizantes foliares nitrogenados é a estratégia adotada por parte dos produtores para estimular maior crescimento das plantas.”
Erechim
Por lá, as lavouras de soja estão predominantemente em desenvolvimento vegetativo, Mas 5% das áreas já iniciaram o florescimento.
“As lavouras implantadas com atraso, por falta de chuvas, têm problemas de pequena monta na germinação. Deverá haver plantio de soja safrinha após a colheita do milho. Essa estratégia merece ser observada como alternativa para os agricultores”, destaca a Emater.
Passo Fundo
A Emater destaca que as últimas áreas implantadas se encontram todas germinadas. Em algumas, as condições do tempo não permitiram uniformidade.
“Em geral, os cultivos em desenvolvimento vegetativo estão com bom estande de plantas e bom estado fitossanitário.”
Frederico Westphalen
Segundo a Emater, as chuvas chegaram a acumular volumes de 50 milímetros na semana e foram importantes para reestabelecer o desenvolvimento da cultura e para realizar novos plantios, que já chegam a 99% da área total de 419 mil hectares.
“Nas áreas semeadas no final de outubro, é observado o ataque de tripes e de doenças de solo promotoras de tombamento, acarretando problemas para o estande de plantas. Produtores verificam a necessidade de replantio nessas áreas. Os tratos culturais seguem sendo realizados: manejo de plantas invasoras e aplicação de fungicidas nas lavouras de soja já emergidas.”
Ijuí
Por lá, as chuvas ocorridas durante a semana favoreceram o desenvolvimento da cultura que se encontra predominantemente em desenvolvimento vegetativo. As áreas com cultivares de ciclo indeterminado estão em floração. Os últimos trifôlios emitidos têm bastante vigor e coloração intensa, dando início ao fechamento das entrelinhas.
“Produtores seguem a estratégia da primeira aplicação de fungicida, no pré-fechamento da entrelinha, ou também ao surgirem as primeiras flores da planta. Há presença de tripes, sendo necessária a aplicação de inseticidas para a supressão da população. Durante a semana, foi intensificado o controle das ervas daninhas.”
Soledade
A Emater destaca que as lavouras da região apresentam bom estande de plantas, ótimo crescimento e desenvolvimento, e as áreas vêm fechando os espaços entrelinhas. Produtores aplicam preventivamente o controle fúngico.
“Durante a semana, continuaram os tratos culturais de controle de plantas invasoras, e em muitas lavouras, foi realizada adubação em cobertura com cloreto de potássio. É baixa a incidência de doenças e pragas.”
Pelotas
Por lá, 84% das áreas estão em desenvolvimento vegetativo e 16% em florescimento, com bom estande de plantas emergidas e bom crescimento. Em algumas áreas, já há falta de umidade do solo, com sinais do murchamento de plantas.
“Em geral, não há ocorrência significativa de pragas e doenças. Produtores realizam adubações em cobertura com cloreto de potássio, controle de ervas invasoras, aplicações de inseticidas fisiológicos para manejo das lagartas desfolhadoras e, de forma preventiva, aplicações de fungicidas antes do fechamento das linhas.”
Caxias do Sul
As lavouras apresentam bom desenvolvimento vegetativo, favorecidas pelas condições do tempo; algumas áreas apresentam deficiência hídrica, afirma a Emater.
“Nos cultivos nos quais os agricultores realizaram o monitoramento de pragas, há baixo número de lagartas e de desfolha.”
Santa Maria
Por lá, a predominância das temperaturas elevadas (sempre acima de 30°C durante o dia), de alta luminosidade e baixa umidade do solo têm preocupado os produtores.
“Principalmente nas áreas em floração e nas que foram semeadas em dezembro, em fase de emergência. A pouca umidade proporcionada pelas chuvas em dezembro afetou principalmente os cultivos em Cachoeira do Sul, Restinga Seca e São Sepé.”
Santa Rosa
A soja se desenvolve bem, já ocorrendo o fechamento das linhas nas áreas da semeadura do cedo; em locais com semeadura mais tardia, o porte é menor, diz a Emater.
“O estabelecimento das lavouras é bom, e o estande é adequado na maioria das lavouras. Em 5% da área total cultivada já inicia a floração. No momento, a principal operação é de capina química, visando controlar a incidência de invasoras; em algumas áreas, produtores estão associando esta operação para também fazer o controle de pragas”.