Os produtores de soja do Centro-Oeste sofreram com a falta de chuva e o intenso calor. Assim, algumas áreas, sobretudo no norte e oeste de Mato Grosso, tiveram atraso no plantio e, em alguns casos, replantio.
A análise é da plataforma de monitoramento de plantações Rural.Uno, da startup A de Agro. De acordo com os dados da ferramenta, ainda é cedo para estimar diminuição de produtividade, ainda mais em uma região tão importante e, até então, sem grandes variações negativas.
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Contudo, caso o clima permaneça instável e sem mudanças positivas, estima-se uma quebra de safra atípica para a região devido a fatores hídricos.
Áreas de soja em risco
Os dados da Rural.Uno mostram que as regiões com maior propensão à quebra até o momento são o oeste e norte de Mato Grosso devido ao baixo volume de chuvas e à elevação dos termômetros.
Apesar do cenário atípico e potencialmente danoso, algumas áreas no sul de Mato Grosso e Goiás já conseguiram reverter a possibilidade de quebra pela regularização do regime pluviométrico.
As análises da plataforma apontam para atrasos no plantio em mais de 10% das áreas para os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.
Excesso de chuva no Sul também preocupa
Na região Sul do Brasil, impactada severamente pelo clima nas últimas safras, existem chances muito baixas de quebra de safra por seca. O índice pluviométrico para a região foi muito acima da média para a região.
Este cenário fez com que a semeadura da soja avançasse progressivamente e com regularidade, principalmente nos estados do Rio Grande do Sul e Paraná.
Entretanto, em certas áreas, a umidade excessiva também pode impactar a safra, podendo levar a necessidade de replantio e consequente atraso.
Situação no Norte e Nordeste
Na região Nordeste do país houve um avanço da seca devido à temperatura acima da média e anomalias negativas de precipitação. Além disso, no Norte, também é possível observar um agravamento das secas.
Quanto ao plantio de soja nessas regiões, há um atraso de 17%, 11% e 27% para os estados Maranhão, Piauí e Bahia, respectivamente, nas áreas mais próximas do Centro-Oeste.
Segundo as análises da plataforma, mais de 60% da soja brasileira já se encontra em estágio de crescimento vegetativo.