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2º MAIOR PRODUTOR

Soja: Pro Farmer enxerga safra norte-americana menor do que USDA indica

Em alguns estados do Meio-Oeste do país, contagem de vagens sinalizou boa produtividade; em outros, condições são negativas

Participantes da expedição anual Pro Farmer Crop Tour, que percorre lavouras em estados do Meio-Oeste norte-americano, preveem safras menores de soja e milho em Minnesota.

Para a oleaginosa, a safra foi estimada em 111,86 milhões de toneladas, contra 114,44 milhões do projetado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

No Iowa, o milho também deve recuar, mas a soja pode ter produtividade maior. Em Minnesota, a contagem média de vagens de soja teve recuo de 10,6% ante o mesmo período de um ano atrás, ficando em 984,39 vagens por jarda quadrada (1 jarda quadrada = 0,836 metro quadrado). Na comparação com a média dos últimos três anos, houve recuo de 8,1%.

O chefe da parte leste da turnê, Chip Flory, destacou que as plantações de soja em Minnesota passaram por estresse, mas não indicaram a presença de doenças ou pragas.

“Embora tenha havido um campo em que os pulgões chamaram minha atenção”, ponderou. Já o consultor Brent Judisch avaliou que a soja parecia boa e sem aparente estresse.

“Cor verde escura e bonita, as plantas estão bem, apenas não vimos os aglomerados normais de vagens, provavelmente pela primavera mais fria”, explicou, acrescentando que acredita que os rendimentos podem ser médios se chover, “mas as previsões do tempo indicam tempo seco para as próximas semanas”, disse.

Soja melhor em Iowa

vagem com grão de soja, atividades agrícolas
Vagem com grão de soja. Foto: Divulgação

Em Iowa, a média da contagem foi de 1.190,41 vagens por jarda quadrada, 1,4% maior que a de um ano atrás e superior em 0,9% ante a média dos últimos três anos.

Para o líder da parte leste da expedição, Brian Grete, as safras de milho e soja deste ano “sofreram múltiplos golpes da Mãe Natureza”, citando a onda de calor que ainda deve pressionar as colheitas e já começa a amarelar as vagens.

“As plantações de soja ao longo da nossa rota estavam, em geral, limpas e livres de doenças. Alguns dos campos que amostramos e muitos outros que não amostramos ao longo da nossa rota estavam mudando de cor por causa de uma combinação de estresse causado pelo calor e umidade”, explicou Grete.

Já o consultor Mark Bernard destacou a presença de mofo-branco e da doença da morte súbita da soja (SDS, na sigla em inglês), ainda em estágios iniciais. “Ainda vamos observar o quão disseminada ela se tornará”, declarou.

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